05 dezembro 2010

pele macia, pernas e braços, animais cozidos de milhares de conceitos de nossas friezas em momentos sem amores próprios

em sonhos loucos, sonho,
no sentido de querer,
uma viagem astral em todas,
uma junção de espirítos em
nossas noites de dormir.
e ponto.

daí se vem:

porque viagens dessa,
não existem na terra,
e milhares de vontades
de amores, quereres
e respostas incertas
não se acendem como um
fósforo na sua caixa?
tudo somente desaparece
e nos deixa ao relento
sem ideia de onde
podemos ir ou deixar de lá passar.
preciso fazer meu coração
deixar de lá, passar,
encontrar outros rumos
e outros prumos onde
não sejam tão violentos assim.
a pele fascina por alguns motivmos,
e nós no fim das contas
chegamos aos olhos,
animais se encontrando,
se torna feio a menosprezar,
mas olhos, almas,
encontros, seres que nas cabeças,
terão turbulências mil e esta
é a prova da nossa falta de racionalidade.
pensamos porque somos mais frios que
os animais que por aí andam, na maior
parte do tempo.
mas olhos calorosos que nos aquecem
do frio, é ainda mais bonito
do que paisagens que dizemos
ser lindo, vindo da natureza,
uma colocação como se não estamos nela.
e esquecemos que nós somos a natureza
e nelas nascemos e morreremos.
e nós podemos fazer essa beleza.
esquecemos disso tudo,
esquecemos de amar,
e esse mundo perdido,
cada vez mais desiludido de pessoas,
não sabem que toda vez que tentam,
as duas esquecem que só é preciso
agir como a natureza nos criou aqui
nesse lugar, chamado terra.
amar.

well, she's walking trought the clouds
with a circus mind that's running wild
buterflies and zebras and moonbeams and fairy tales
that's all she ever thinks about...


jimi hendrix - little wing

19 novembro 2010

pontos e fatos.
abrigos em abraços,
desencontros e enlaços,
uma relação de nós.

não se entende,
que posso ter dito nó,
ou posso ter dito nós.
toda história tem dois lados
como uma moeda, dizem.

e quando todos vós
quiseres ter algo,
iremos avante,
mas se for sobre amor,
talvez em opostos.

o mais longe que pode,
o mais distante que possa,
todo amor do mundo,
que cada um pode carregar,
é tão grande que queremos correr.

mas nem tudo está perdido.

e os filhos de nossos filhos,
sofrerão dessa grandeza,
como os netos dos netos
dos filhos dos filhos,
de geração em geração.

cada puxão de corda,
uma batida de sino em mente,
um efeito de som em peito,
um aperto enorme e por desleixo
deixamos escapar pela boca,
eu te amo.

17 novembro 2010

eu queria poder ter a chance
de não te ter.

só esta chance, penso eu,
salvaria de mim mesmo de você.

quando você acordar e ver,
veja mesmo,
que as coisas não
são assim do jeito que você pensa,
você verá,
verá mesmo.

pareço enraivecido,
mas não estou,
só um pouquinho, pense
antes de pensar,
vem muita besteira.

percebi que me inspiro em
muitos poemas.
outro dia, escrevi com uma semântica
de Cazuza, aqueles versos meio aflorados...
não me identifiquei.

normalmente me inspiro em alguém,
hoje me sinto Bukowski,
saindo quase pelas pontas
dos versos um, "Hank".

percebo em Bukowski, mais
em seus poemas quando leio
mais
os seus romances.

se faz tão frio,
no palavriado cotidiano,
e um poema pra cada romance
mesquinho
ou
longo
que teve.

todas, sem exceção, todas as mulheres bukoeskianas,
estão nas poesias de Bukowski,
da mais feia, a mais bonita.

conheci um cara assim, outro dia,
tão frio mas um antro sensível que só,
um dia ele cansará que nem eu,
de um dia receber um chamado
de algumas delas,
"sai daqui, seu puto!"

daí, de ouvir de tantas
me dizerem,
"saí daqui, seu puto!"

quando então me reservei a poucas,
percebi,
a mesma coisa acontece.

acontece com todos,
em todas as relações
por mais
eternas
ou duradouras,
elas semprem terminam
com um, "sai daqui seu puto!"
ou ele manda ela embora.

tão eternos de ternuras
até a gélida falha
do orgulho
ou
de joguinhos infantis
que todo relacionamento tem.

sempre alguém é mandado embora.

13 novembro 2010

a beleza cutuca o peito

por tudo que me falta nesse mundo intenso,
o maior proposito de meus pensamentos,
se reúnem a um ato só,
uma comunhão de amor e ódio,

e quando os brilhos de olhos que a gente tem
quando nosso amor desperta por alguém,
são a ilusão mais linda e
a mais terrível desilusão da vida.

coisa que todos sofrem quando a melodia
de uma música toca no ouvido em um dia qualquer,
o brilho que já tinha, foi perdido
deixado de lado e assim desiludido.

alguns poemas não resolvem nossa insignificância
mas realçam a beleza do amor de uma dança
de palavras que promovem o mais belo sentimento
que existe dentro de nossas almas.

e não conseguimos parar de querer
o que todos querem crer que podem ter,
o amor pra vida toda, uma vida de só folia,
uma vida paixão, sexo e muita alegria.

o velho corpo mole do forte coração persistente,
dentro de nossos seres contundentes que
querem encontrar o amor que nos contagia,
daqueles de filmes romanticos no cinema

por mais frio que alguém seja diante dele,
ele o alguém mais importante que essa pessoa fria já teve,
não adianta esconder o que tem dentro de si,
pois esse é o sentimento da nossa razão de existir.

11 novembro 2010

Aos poucos vou percebendo que a coisa está ficando grave. A intelectualidade, a filosofia, algo semântico, produzido durante décadas, séculos passados, grega, romana, kant, sartre, está se destituindo. A falta de carga filosófica atual nos jovens é tão pouca quase se tornando nula, onde adolescentes se resumem ao consumismo, atual nata da modernidade, atitude produzida pela composição neoliberal dos estados. A modernidade líquida. A tecnologia, competitivadade no mercado, macroeconimo e microeconmico, de qualquer forma, se perde a contemporaneidade num fuso de ideias excessas, a informação, a comunicação, a internet com tantas qualificações e desqualificações, inapropriação e apropriação. O ser humano tornando-se mais indíviduo, indivíduo tanto, que mecaniza, perdendo, assim, seu pensamento, sua fluidez mental, sendo apenas ente, ser.
O mundo então se perde ao conceito simples do dinheiro, da ganância, da produtividade para constituição familiar, que hoje, pós revolução Jack Kerouac, Charles Bukowski da literatura maldita americana, se torna em uma alternância tão grande que chega é exagerada. Pontos de discussão de que tipo de família brasileira está se tornando no país, sua concepção, sua varidade - uma extensa variedade - na qual nem nós mesmos conseguimos definir algo que seria tão simples a cinqüenta anos atrás: pai, servidor; mãe, educadora; filhos, herança dos negócios familiar ou do reflexo dos mesmos.
Enfim um mundo perdido de juventude sem limites, no excesso do seu pensamento seco, mecanizado, colaborador dessa total alienação cultural - entretanto, se analisarmos, o mundo se encontra num momento multicultural expandindo diferentes costumes e assim, este alto número também acaba dando ao indivíduo da sociedade atual, uma grande margem de caminhos a serem seguidos colocando-o e uma situação de dúvida e indefinição - que perpetua sobre as sociedades: seres humanos mecanicos, não burros, mas coisa pior: preguiçosos de pensar.

08 novembro 2010

I.

ao livre toque da palma
um leve sentido de alma
de um mundo que talvez
ainda possa ser belo.

e um brilho na luz de uns olhos
fazem o velho se tornar novo
e toda uma vida recomeça
quando temos a chance.

II.

aos poucos,
sinto, vai sentido,
sobresaindo, sumindo do escuro
surgindo ao mundo,

abrindo-se em prumos
como flores em raios de sol
como raios de um nascer de sol,
e fincando-se

ficando e se exteriozando
e explorando os horizontes
em olhares sobre ombros
nostalgicos.

k.
só rindo mesmo.

III.

uma boa música,
um ludovico einaudi
inspira-te em mente.

inspira-se,
pra sair esta merda
melosa e nostalgica.
vida passada de poemas
atrasados de corações
arrasados e destruídos.

é velho, caro, sozinho
bandido de si mesmo,
esconde-se em leituras
malditas, bukowski,
velho monstro da vida.

e sábio.
afinal de contas,
viver, feio ou bonito,
qualquer história é vida
e experiência.

silêncio.
escrevendo ao silêncio.
some a rima,
aparece a reflexão,
pouca coisa sai...

não se guenta mais pensar.
pensarei novamente um dia.
penso, como tal percebo,
quando o coração sente.

o vazio, é simplesmente oco,
sem reviravoltas pelo corpo e mente.

irei viajar.

13 outubro 2010

ao todo que penso
e dos poucos que percebo
não receio como assim fiz.

não sei se o encontro
fez com que houvesse o meu desencontro
comigo mesmo.

e plenos sábados
lembranças como espasmos
e dores na cabeça.

mas quando não percebemos,
volta, e quando achamos que foi,
não é.

nunca passará de cada um
ou cada outro que existirá,
para substituir.

e assim irá progredindo,
agindo, reformando, andando,
caminhando,

sem saber ao certo
qual é o verdadeiro caminho.

me encontro de olhos abertos
para o mundo no qual
me sinto sozinho

e quando as frases fazem sentido
e não faz mais de meus ouvidos
um antro de escolhas,

me procuro dentro de mim,
em quanto jogos estarei dentro
procurando o que realmente quis/quero.

queria ao menos saber quando
poderia encontrar e me preparar
para o que pode acontecer.

poucos sonhos vão e as surpresas virão,
quase nenhum se realiza e tudo na vida
acontece como um improviso de uma
apresentação ao vivo.

complicado as vezes, mas
é a inexplicável beleza
da vida.

23 setembro 2010

nem precisa abordar

pinga em mim.
pinga.

olha pra ti,
olha assim, vai.

esquece de que quando tudo está certo, não está, e quando quer dar certo, não dará, então formosura criatura pense duas vezes no que vai falar.

esquece e vem assim
do jeito que quis.

olha pra cima e pede
o que sempre você fala.

mas quando você se dá de cara, não quer, então tente entender o que tu realmente é, não veja por outros olhos, mas veja pelo o que seus olhos podem ver.

durma tranquila, em cabeça no travesseiro, pensando se no que viu foi verdadeiro, não pense demais, nem aja muito, mas sobressaia no meio termo, se equilibrando e pensando no futuro.

e se tudo for destruído, crescerá novamente mais uma vez, não deixe de lutar e insistir, um dia você vai conseguir o amor que você sempre quis.

cães e farelos

E em demanda de bandos,
raivosos cães atrozes,
mudanos e rudes,
demoníacos e velozes,

estes perseguindo o meu mundo,
corrompido por gritos onde as vozes
ecoam e somem sem qualquer
sinal de resposta,

concluindo assim, sozinho,
e no solitário caminho,
excluo amores que corroem
corações de forma letal.

e quando tudo parece tranquilo,
do nada se perde o controle total,
e esquece-se de onde tem vindo,
perdendo-se no caminho.

perseguindo pelos cão velozes,
sanguinários e doidos para serem alimentados
pela sua carne, em caminho perdido,
não há como você voltar.

não sabe mais onde está o vazio,
e não se encontram mais os brilhos,
não se veêm mais os trilhos,
os vagões que sempre houveram, estão em qualquer lugar.

no deserto, no oceano,
de qualquer forma, não me liberto
e perdido no incerto
fico sem saber... quando irei me achar.

21 setembro 2010

É.

E em ruas em pontos fortes,
caminhos, traços, trajetos jogados a sorte...
é.

Quando tudo é feito de morte,
ou sorrisos falsos a drinques e álcool
a rodo corrompe a todos...
é.

E em todos rostos, os olhos
despertando alvoroço de vida com seus
corações esquecidos e xôxos...
é.

E por tempos e tempos, sem se encontrar
no meio do bolo do povo que só quer ter prazer
e te olhar e te desejar apenas em corpo...
é.

Iludido em brilhos e dorsos,
peitos, bundas e gostos por dinheiro
e apenas dinheiro, nos faz pensar...
é.

Nem com o desperto de braços e movimentos
movimentos opostos para acordar desse
mundo de desejos insólitos...
é.

Por entre beijos e abraços,
carinhos e entrelaços, pode-se
esquecer de tudo e não se lembrar daquilo
que importa, cara...
é.

É por isso mesmo, é,
decepciona-se ao ver,
os mundos de almas tão belas
se perderem apenas por viver
em mundos tão gélidos de sentimentos.

"É."
Só tenho isso a dizer.

17 setembro 2010

de verdade não quero acreditar
nas pessoas e no que elas dizem.
mas as vezes é bom.

no entanto, não acreditando,
a ilusão chega rápido.
corrompe de forma rápida.

e num deslize próximo,
eu sei, eu irei agir
queira eu queira ou não queira.

pois não é a iniciativa que pede,
mas a vontade que exige de mim.
a vontade exige o que preciso.

não necessariamente preciso,
mas quero. e quero,
e eu quero e eu sou mimado pra essa coisas.

não há controle, apesar...
de que preciso.
e muito.

não posso me desvirtuar.
não posso esquecer.
nada me faz esquecer, só lembrar.

e tudo que eu quero é só querer,
querer, e querer.

preciso sair desse mundo,
e pensar quem sabe em viver,
as rimas fluem aos poucos.

quando fecho os olhos e escrevo,
só há sentimento.

não há nenhum tormento,
nem o pesar das responsabilidades,
apenas a vontade e a vontade basta.

e quando queremos mais ação,
e quando queremos mais amor no coração,
nada chega.

azar emt odos os lados,
a coroa e a cara não parecem estar divididas.
opostos vão se seguindo e se atraindo.

e tudo que quero... não sei mais.
eu apenas quero e o controle,
forte e áspero dói o estõmago.

dói, e dó e...
não sei como descrever.

é um controle instintivo,
é um amor intensivo, por dentro.
guardado e será, sempre.

nem meu amor saberá do amor
que tenho dentro de mim.
e assim ficará.

e mesmo se ficar,
continuará
sem saber que existe amor para dar,
e tudo se permanecerá como está.

mas nada disso fará sentido.
as vezes deve, e devo seguir assim.
pensando apenas em mim.
o egoísmo de auto proteção
as pessoas que não lhe valem
o valor que você tem.

e você não pode tentar sobressair.
apenas ser humilde e deixar sumir,
e os momentos forem apenas únicos.

assim, guarde-os,
mas não guarde-se tanto.
apenas viva,
mas não corra.

e correr só faz trazer problemas.

07 setembro 2010

ah

Ah.
em prece, se fez.
mas quiçá nem seja bom.

um velho gosto provado,
um mundo novo armado,
mas não monto.

apenas me controlo a versos
e palavras que aos poucos
persuadem ao nada.

é o nada, na verdade.
meu intuito está no sentir,
poético surgir e enfim.

não posso mais imaginar,
um mundo novo que não deve
se realizar.

para isso então,
apenas escrever, minto,
nem escrever vai adiantar.

é.
as velhas músicas que incidem.
as velhas e novas,
nunca acabam.

imprescendíveis.
desconfiáveis.
sim, sim.

é preciso disso para viver,
ou para ao menos saber que está vivo:
sentir.

uma dor, um amor,
qualquer coisa, isso não é ruim,
isso é humano, é bonito.

poesias sem rimas, as vezes rimam por si só.
ou apenas rimam apenas para seu coração.
e isso já basta.

não se pode esquecer dessa beleza.
deve se degustar, ouvir,
sentir, falar.

atitude.
as vezes serve, as vezes não.
o tempo para mim está devagar,
e passa rápido aos olhos,
ao mundo.

não quero nada,
tudo quero, me esquecerei agora.
preciso terminar com isso.
deixe-me apenas ouvir as música em meus ouvidos.

soa lindamente deprimido.
não deprimido de tristeza,
mas aquela melancolia romântica.

aquela música que desmancha flores,
além de corações.
batidas surreais que misturam a você mesmo.

barreiras te impedem de seguir.
sim, divido em partes, é assim que acontece.
aos poucos vai formando.

foi preciso sentir falta para sentir a verdade.
foi preciso ausência pra sentir presença.
e assim se forma.

assim se faz.

06 setembro 2010

pára!

estranho de se pensar,
pensamentos vão em direção contrária a mente.
ah! me perco então nesse erro.

hum, erro de coração que corrói
de certa maneira as sensações.
e pensamentos vão em hora errada.

um toque no violão, uma música,
as vezes lhe leva a lugares onde não quer.

talvez tenha bebido demais, ou pensado muito,
e escrever esta poesia alimenta mais
ainda este erro.

não se pode nem pensar em alimento.
oh, destreza de escrever, dilúvio em fazer.
o mundo não é mais o mesmo a mim.

me envolvo em lugares que não eram meus.
e isso me faz me envolver onde não devo.

ah, mas assim, para todos, para mim,
não vou correr atrás, enfim,
irei morrer ao sentir-se assim.

não pode, não vou, nem quero.
e querer não é o bastante.
meu coração precisa parar de ver.

é um interno tormento, pequeno,
pressão externo, o mundo um veneno,
e envenenado, no meio do meu peito,
uma batida de compasso que não devia surgir,
de fato.

pare de se imaginar, não venha se iludir,
esqueça que amar é algo que não vai vim
ou deixar de vim porque você quer.

acredite que é só escolher,
e você escolhendo o coração quer,
ao invés de perder a cabeça com
as coisas que não são além.

porém, porém, tudo com um porém.
incerto, mas fácil, ácido por
ser tão simples.

mas no meio saber de tão complicado.
poesias poucas lhe resolvem, leituras,
a mente tem um controle sobre ti,
meus olhos vão se fechar
e pensar no que a mente pensa.

e por dentro posso dizer que foi eu que quis,
não quero, mas quis, não admito,
mas vi que pensei e assenti.

esqueça-se, esqueça-a
esqueça disso.

não me vejo feliz nesse mundo no qual
acredito que não me pertence.
amores são amores, valorizamos,
mas temos escolhas para não vermos.

e eu não estou vendo nada.
apenas senti.
por isso digo,
não quero sentir mais.

31 agosto 2010

Reveja

Estou perdendo meus sentidos poéticos. Aos poucos uma frieza vai corrompendo os gostos de uma vida de desgosto - que é a de uma poeta - ou de um cientista do sentir, do analisar o sentir. A frieza que me corrompe, é uma brecha sobre uma sociedade na qual vivo. Um furo atrativo por dinheiro e beleza. Existem outras sociedades, dentro delas, aquelas alternativas, onde tem o sexo e as drogas. Cada sociedade tem seu vício. Você vai sendo sugado pelos vícios, outrora carro e dinheiro, outrora drogas e sexo. Essa repetição efêmera, mas também exigente em qualquer lugar em que conviver, é como um buraco negro sugando seu corpo. Não necessariamente se acessa, mas se convive e conviver é admitir normalidade. A normalidade é o comum e nada disso deve ser comum. Nenhum deles, nenhum de todos. Os vícios, a corrupção da alma, vamos nos livrar disso. Vamos nos livrar de todo este peso e exigência, trabalhe, estude, se forme, se controle. Vamos se policiar de todo o mal, não exceda, não se machuque, se valorize. Forme-se humano e não um ser, um indivíduo. Não um homem de conduta. Se torne humanista, humano, animal, instintivo. Seja a vida.

14 agosto 2010

Quanto imperceptível ao faro, o olhar as vezes pode ser belo quando usado

E com um brilho de uma palavra,
constitui na liberdade o ser humano
e torna-se uno.

No desejo e ânsia contido em olhos,
despertos, desesperados!,
encontram-se as mais fáceis definições.

Palco de um teatro delinear,
e mesmo assim, confuso,
indefinido, certo e
definido, tudo ao mesmo tempo.

Para tudo tornar-se certo,
precisa-se acreditar que está no vago.
Ninguém admite sua situação,
mas mesmo assim quer melhorá-la.

É de tendência crer neste rumo.
Creiam e verão.
Enxerguem e perceberão.
Abram os olhos!

30 julho 2010

Não quero mais olhos e ouvidos, a serotonina não supera minhas ideologias.

Não consigo imaginar certas coisas,
a liberdade frenética liberta
certas sensações e pensamentos.

Tudo muito rápido em excesso,
sem leituras simples, as vezes
vejo o mundo hedonismo.

Não há pessimismo, uma mera
e peculiar inocência escorrida
pelo canto da vida e do mundo.

É de belo as vezes encontra,
nada progride,
nessas horas que não sei o que sinto.

Tudo tão vago e fútil me torno,
em torno de músicas tão bobas
e tingidas de inocência falsa.

Começo a parar de pensar,
as coisas se complicam e se perdem
nesse mundo falho.

Sem breves ressalvas entre pessoas
sobre coisas que poderiam se
discutir.

Se ausentam de suas cabeças,
e seus olhos se tornam os únicos
orgãos de reconhecimento.

E o amor não é mais inocente.
E não é mais uma palavra
que você saiba reconhecer.

Tudo se perde aos poucos,
e você perdido no hedonismo
não consigo perceber...

Não consigo perceber.
E quando vejo, os olhares
tendenciosos, consigo entender.

Então vejo onde estou,
me ponho no lugar e tento
me recompor desse mundo.

É lindo e sujo. Desse
jeito você percebe porque
tantos se perdem nesse ambiente.

É difícil não gostar.
Delicioso é provar a vida
sem pensar em nada e só usar.

Experimentar, ganhar, risos,
nada a pensar, nada a entender,
nada a se realizar...

E sem realizações,
ninguém cresce e encolhe,
ervilhas surgem no lugar de cérebros.

Coitados. Coitado de mim.
Uma vez na Dinha, no
Rio Vermelho, ouvi um cara dizer:

"Se saia dessa galera viu, amigo,
você se destaca e salve-se.
Só tenho isso a lhe dizer: salve-se."

E foi embora com um sorriso
e desapontado com o que tinha visto.
Dormi com consciência pesada.

12 julho 2010

preciso mas não consigo. me sinto num embate estranho, um vazio pouco. encanto pouco meu próprio corpo e mente. frio. apenas não consigo e sinto agonia com isto. não estou afim de dormir.
preciso adormecer.

07 julho 2010

rubrica

é espesso.
é um brilho denso,
é a voz, é o som.

um vento quente contorna
meu corpo frio e sedento.

as velhas histórias velhas,
as mesmices amorosas.

e tão claro como sol é
de se perceber que no
mundo é todos nós em um.

tudo que queremos, são tão pouco,
num minuto são mandados longe,
em um minuto, ganhamos tudo.

tão pouco e tão valioso,
pequenos diamantes rolando
na ladeira a baixo e todos nós

correndo para pegar um deles.

os velhos chatos,
achando que suas vidas são
experiências e suas dicas,
mesmices de que todos
passam quinhentas vezes.

e aí nos tornamos velhos,
e não temos mais olhares
apaixonados e adrenalina
para isso.

e num recall, um feedback,
dores voltam, sempre voltam,
as feridas nunca cicatrizam,
mas acostumamos com a dor
adormecida.

pensamentos oriundos da
liberdade de escolha
quase limitada a sorte
e a emoção.

razão tão pouca,
frios são aqueles
que razão nenhuma respondeu
as suas frustrações emocionais.

e os belos, narcisistas
nuncamente negados,
inseguros por pensarem não serem
nada além disso.

olhares pelas ruas,
olhares entre duas pessoas,
o valor é tão mínimo
fora do padrão social.

e todos tristes e ao mesmo
tempo lutando por um
espaço na felicidade
entre os tristes.

ninguém se contenta, então,
todos enrolados em braços,
e carentes de uma emoção,
porque não sabem quando
sentirão isso novamente.

e percebem que nunca
saberão quando isso irá acontecer,
e vemos porque as pessoas
vivem sempre no medo:

a carência é uma arte maligna,
o carinho uma dormência do medo,
mas a insegurança é a doença sem cura.

e quando impessoais somos,
acontece pela emoção do contato
não chegar aos nossos corações.

frios sem corações,
só existem os sociopatas.
todos os outros,
são suas feitos pelas suas ondas de calor.

os pêlos se arrepiam,
os mundo gira, gira,
e sempre caímos.
somos paraquedistas.

e brilhamos, ofuscamos
em reflexo do sol,
um pontinho preto no meio das nuvens.

ah! se fosse tão pó,
tão sujo, se a vida fosse
feita de tópicos.

é o hedonismo mais vivo
que o prazer de viver.
tão louco.

e tudo tão incerto,
como sempre, a insegurança,
incurável percorrendo nossas veias.

alguns negam, outras não.
mas todos vivem com tais no peito.

mas assim segue-se, um
mundo evasivo e individualista,
como todos sabem.

e o sentido das coisas
se perdem mesmo tendo sentido,
porque tudo se torna relativo.

e quando tu percebe a sua
insignificância. ninguém
pode argumentar sobre sua importância
além de você mesmo.

porque a insignificância se descobre
quando alguém que tu acreditas
te dar valor, lhe menospreza.

e daí, suas defesas,
são indefesas, você se
defende do que você mesmo
está acreditando.

você tenta sair do que
você mesmo lhe colocou.
num lugar sutil, sombrio,
pouco pacato.

e não há, mesmo
além de você no mundo,
por que todos são
o mundo e você,
bem, só é você.

solidão sempre aparece
nas horas quando, não queremos ficar só.
e quando queremos ficar só,
ficamos só.

não há meio termo,
nem equilíbrio ou justiça.
as coisas são como são.

se eu não acredito assim,
viverei inconformado com a vida inteira.
não tem motivos para a existência das coisas.

ninguém sabe de onde vem nada.
nem você precisa saber,
você faz parte da criação,
e não do criador.

quem quer ou que coisa
é que seja que tenha
feito surgir tudo.

e se o resto faz parte do mundo,
você está só, em suas mágoas,
e seus nós na cabeça.

seu companheiro é o mundo, meu caro,
pernoite a vida e ganhe seu espaço.

02 julho 2010

e é absorvido de forma excessiva, complexada, puxado para o fundo, abaixo, sem conseguir se conter, o mundo lhe dilui, você some, tudo some, apenas músicas, nenhuma voz, apenas sonetos, apenas barulhos, sons que formam alguma coisa a mais, destruição, decepção, se corrói aos poucos com o passado e isso vai lhe destruindo. vai lhe fazendo aos poucos mais homem e mais destrutivo, mais fumante, a beber mais, ou a querer se embebedar. se desleixa mais, perde o controle, se vê no que realmente está acontecendo, se cansa, se cansa, se perde. e aos poucos o passado e tudo que lhe aconteceu vai lhe tornando alguma sombra vazia e vai se destituindo aos poucos dos pedaços de sua alma, ela vai sendo solta, vai saindo, vai se sobressaindo, até sobrar alguns poucos pedaços ou ficar constituída de enormes buracos vazios sem fundo. o mundo todo se torna pouco, ou até mesmo desinteressante, só lhe prestam restos, começa a aceitar apenas restos, não se dá ao luxo de tentar querer algo a mais. e tudo vai se tornando pouco, velho, pobre, tedioso. nada mais parece ter sentido, escrever, olhar as pessoas, apreciar, elogiar, se degustar. a vida não parece mais ser vida, as cores se tornam apenas três: cinza, branco, preto. tudo é triste e melancólico. tudo é sujo, maldoso e destruidor. não tem mais porquês, nem querers, apenas fazers. só age indolentemente, inconscientemente, como um vivo já morto. os olhos deixam de ter brilho e o exagero. bem o exagero está aqui.

28 junho 2010

e nas mais leves brisas
o mar se encontra revoltado,
as ondas balançam,
nada fica parado e

por um momento só,
tudo por um único momento,
mudam-se as coisas,
reviram-se as voltas

que o mundo dá,
deixando tudo de
cabeça para baixo.

um vento só, um vento só,
o assobio passando ao ouvido
um assobio feito,
o corpo dá um nó,
estou com um frio,
vamos nos esquentar,
vamos nos aquecer.

21 junho 2010

corra. os passos iam batendo e cada som surdo ecoava por todo meu corpo. meu cansaço me afastava de meu objetivo e eu continuava correr, corra. eu queria alcançar, eu precisava sair de onde eu estava e ir em frente. o mundo é todo torto e eu sou ereto. eu corria e não parava, o suor escorria pelo rosto e pingava pelo queixo. cansaço, ofegava e continuava, repetidamente, não me esquecia de meu objetivo, corria. os pés batiam, paf, paf, paf, paf, rapidamente, seguidamente, quase uma hipnose. já ouvia o som das ondas batendo nas pedras, corria perto do mar e tudo fazia o maior sentido, estava chegando perto da linha de chegada, corria mais rápido e apressei mais ainda a minha corrida, correndo. corri. corri como nunca e meu peito doía e eu sentia falta de ar e o barulho do vento e a água batendo nas pedras e falta segundos pra linha de chega e eu cheguei. quando passei dela e consegui pular. saltei do despenhadeiro.

18 junho 2010

ao mar, marinheiro

algumas coisas simplesmente dão voltas. parecem se repetir e continuar aparecendo, situações, aquelas mesmas que você acaba achando que cometeu os mesmos erros; pessoas que, de alguma forma, se parecem com aquela anterior, e tudo vai seguindo. não entende e quando percebe, não vê a diferença, um deja vú.

são situações estranhas e parecem as vezes estúpidas no sentido de aparecer tão repetidamente mesmo havendo uma chance ridícula de que aconteça novamente. são breves, são como velhos, são estranhos.

o navio afunda-se de tamanha lentidão que você perde a ansiedade de morte e simplesmente caminha-se em sua direção sem entender o sentido, a cor, o cheiro... e as coisas vão se perdendo com a água que alcança seus pés no cubículo que você se encontra preso, sem poder sair com a porta trancada. e ouve os gritos das pessoas lá em cima e quando olha para baixo a água chega ao seus joelhos e você sente por um momento que já está perto a sua ida e você se arrepia. os olhos esbugalham. a injeção de adrenalina no corpo. as mãos tremendo sem controle. chega a cintura. você agarra-se a algo e espera chegar, aos poucos, passando o abdómen, o toráx, chegando ao pescoço. um ultimo pensamento, um ultimo suspiro e uma boca procurando encontrar o máximo de folêgo. e água.

17 junho 2010

é numa bela noite que as vezes tudo se transforma. um pouco de delicadeza as vezes pode acabar tornando tudo mais bonito. a selvageria pode colocar tudo ao mais exótico. são pequenas doses de atitudes diversas, sem o medo do arrependimento e o pensamento do amanhã, com que poderia transformar momentos para que sejam maravilhosos. é necessário pensar de forma mediana e agir de forma incisiva, sempre procurando viver bem e a dose alcançando um limite. viver bem e no limite. tudo pode ser, na medida certa. basta ser. relaxe, feche os olhos e sinta-se a vontade.

15 junho 2010

as coisas as vezes não duram mais do que uma semana. não vejo muito propósito nisso, nem porque esta cronologia, mas periodicamente se restringem dessa forma. vamos agora então, ao esquecimento. e isso dura muito mais do que uma semana. quando se é alegria, durasse uma semana e naquele domingo, você já lembra desanimado. mas sempre, sempre uma semana.

Reação

em mim,
bem comum
e despercebido.

estou sumindo,
aos poucos,
e não sei
de onde vem isso.

procuro em meus olhos,
nos espelhos,
a vivaz que deveria
haver.

não tenho ódio,
nem rancor.
não me encanto,
nem há amor.

apenas seguir,
em vazio
e por fim,
se libertar.

13 junho 2010

Uma velha e safada experiência

é num desleixo próximo
e tudo progride
de forma sucinta.

é, sem tu, és,
e é melhor crer,
deixa passar.

é uma beleza fétida,
todos querem,
apreciam e naquele momento não me perco.

é, eu sei onde todos estão,
consigo me entender,
vendo tudo que não entendo.

mas ao estar só, como ei
de me identificar?
é necessário conviver

para saber diferenciar
e analisar suas escolhas.
péssimo.

tudo vai se criando,
até a solidão por
motivos de convivência.

uma velha e safada experiência.

11 junho 2010

Mata

em torno de mim,
não vejo muito o que há.
é áspero respirar
naquele lugar.

por mim, nada teria
acontecido como
aconteceu.

as pessoas não
querem ouvir as versões,
apenas sentar e
lamentar.

é triste imaginar
que de alguma forma,
nada que foi feito
ao fato que está dito,
tenha tido sentido.

sentido nenhum
deveria ter naquele ponto.
deveriam todos,
enxergar que naquele momento
não era pra estar assim.

todos deveriam ser solidários,
generosos e com compaixão,
mas seus roteiros
não lhe explicavam o que era
ser assim.

então, olhei-os
examinei-vos e nas
minhas teorias brevemente
falsas e sempre erroneas,
fico retroativo,
guardado a mim.

aguardando o fim.

10 junho 2010

na briga na rua,
ferozmente eu procuro,
tento as vezes,
é difícil.

a tentação do esquecimento,
sozinho penumbro a noite,
caminho sonolente preso ao rosto.

olho ao redor,
nada demais aos demais
que se encontram
naquele lugar.

por feitos, dias,
almejo em crer
na livre espontanea
de todos que querem
viver, viver, viver

viver, viver, viver.
ah, vivem,
pelo menos,
é o que eles acreditam.

27 maio 2010

Algumas boas lembranças,
algumas ótimas, alias,
e tanto faz, tanto faz,
deixando tudo para trás,
até aquelas más lembranças,
me trazendo paz.

muito bem, almejar o bem aos outros,
me sinto melhor comigo mesmo
e posso desejar o bem com gosto,
querer mais um pouco,
pedir mais um pouco.

é bom se sentir em paz,
acreditar na fidelidade das pessoas,
e esquecer a malefícios que permeia
em certos lugares.
em certos seres.

é só pensar nesse descarregamento
me sinto em paz.
caminharei lembrando disso,
lembrando por bastante tempo.

26 maio 2010

feliz

hoje uma pessoa me deu um presente: tive um momento de paz enorme.
tinha me esquecido como era bom. paz.
obrigado!
minha alma eleva ao céu de leveza.
quero hoje uma maravilhosa noite de sono.
boa noite.

22 maio 2010

Cigarro

Cigarro - Zeca Baleiro

A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver meu bem
Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?
Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem...
Quem saberá a cura do meu coração senão eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu
O amor é pedra no abismo
A meio passo entre o mal e o bem
Com meus botões a noite cismo
Pra que os trilhos, se não passa o trem?
Os mortos sabem mais que os vivos
Sabem o gosto que a morte tem
Pra rir tem todos os motivos
Os seus segredos vão contar a quem?
Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração senão eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu.

19 maio 2010

foda-se.
me ajude.

17 maio 2010

por uma simples fantasia vou me colocando em um buraco infernal, as teorias vão se aplicando, as realidades vão se formando e aos poucos me deformando caindo ao mesmo erro, tentando sair, sair, não consigo, minha ideia de não deixar as coisas acontecerem me enlouquece, tem que aprender a deixar fluir, tem que deixar ir, vai embora, vai, pode ir, me deixa em paz.
vou entrando em colapso, colapso, colapso, vou ficando perdido por um caminho destruído, vou procurando me encontrar, aos poucos, muito drama, muito drama, tudo tem que acabar agora, as coisas tem acabar e elas não devem existir dessa forma.
vamos esquecendo toda essa mirabolante história, acorde deste momento metódico, encontre seu exemplar de pessoas, desconstrua, relaxe, relaxe, relaxe.
tudo isso é simples.
é simples.
simples.
sim.

15 maio 2010

Ninguém precisa saber, vale constar.

Sondagem de um mundo,
Indigente, talvez fosse,
Nocivo à quem percebesse
Totalmente a história
Oriunda dessa poesia.

Saberia que nem frutas
Uvas, morango, passas,
Almegaria o que procuro dizer.

Faz sentindo nenhum escrever
Algo com tanta sinceridade.
Logo que o que está nesse poema,
Tão simples é de fato de se
Achar nesse lugar.

Também vale lembrar,
Ás vezes o mundo não vai te ajudar,
Ligeiramente perderá o que tem,
Impondo o que você não gostaria
Assim, procure encontrar na vertical da vida o que quero lhe mostrar.

13 maio 2010

e por uma faísca,
a chama que foi se acendendo,
a luz da porta se abrindo,
por um momento repentino,
um só,
um só,
um só.
não consegui.

escolhi o meu caminho já faz tempo,
e eu o percorro ao relento, sozinho,
destemido e na esperança de uma faísca,
que tire esse gemido do meu coração.
que me faça aparecer uma faísca,
uma pá para juntar os cacos de minha alma.

e por todo este tempo aprendo que nunca ficamos sozinhos.
é a compainha que nós temos que nos mata:
a esperança nos ameaça muitos vezes...
e muitas vezes queremos um ponto no céu.

as vezes, queremos olhar para as estrelas,
até que uma outra caia no seu lugar.
mas as estrelas não caém do céu, bobo.

e por muito tempo irei estar nesse caminho,
parece tão belo, por favor, não me deixe tão sozinho.
encontrarei um grupo, um parceiro,
um animal, uma bola de vôlei com nome wilson.

não me deixe percorrer este caminho
tão bonito mas tão sozinho.
quero dividir meus cacos.

cacos de alma que nunca foram juntados.
preciso de uma pá.
será que devo enterrá-los?
será que devo...
meu coração ainda geme.
a dor aumenta, preciso me sentar.

vamos parar de caminhar por um momento.
caminho, me aguarde,
voltarei... só me dê um tempo.

12 maio 2010

Em um nó só,
algumas palavras no tempo verbal errado,
podem nos trazer consequências graves gramaticais.

O velho pensamento,
daquela esperança jogada ao vento,
e por mais que você procure é melhor ficar calado.

Não se pode,
Se deve esquecer do tempo,
Pois contar minutos te deixa propenso ao erro.

Não queira levar,
Nem peça pra levarem,
mas se levem juntos e fique calado.

Eu queria poder ser uma planta,
mas não sei fazer fotossíntese.

Então... eu só posso ficar calado.

10 maio 2010

Pois é.



É sempre aquilo mesmo, sem surpreender.

08 maio 2010

Hum...

hum, que cheiro bom...
delicio-me, e que belo som
aos meus ouvidos que me fazem querer
sempre um pouquinho mais.
que sorrrisos lindos,
que vejo em mim, e meu peito a suspirar
por este momento sagrado que devo guardar.
quero um cheiro bom, e
ouvindo um som com peito aberto
fico desperto...
só nao vale acordar, só nao vale acordar.

06 maio 2010

Sentado na varanda

Por que não um nascer do sol?
Um belo sol, ao nascer do horizonte,
Alguns sorrisos, esperanças,
olhos que eu olhava bem diante.

Um nascer bem devagar, nas 4h30 da manhã,
O sol que vem a brilhar e clarear
de forma bem bela e lenta o meu rosto,
o sol de cor forte amarelo fazendo céu
virar de azul para roxo.

E de roxo para azul claro.
Uma paisagem bonita do mar,
na varanda de minha casa,
O sol, o mar, o reflexo,
Uma vontade de querer...

Mas eu não posso falar,
tão dito é esperado que,
bisbilhotam e procuram achar.
Não posso, não posso.

Vamos esperar um sol nascer.

27 abril 2010

555-6666, pra ter sorte.

- És capião, ministro da terra.
- Ói homem, vê se presta pra alguma coisa.
- Se perceber o que há além de sua vaidade, entenderá a mais verdadeira verdade do seu coração.
- Mas que porra você tá falando aí, irmão?
- E quando tudo cair e te largarem de ante mão, você sentirá o resultado de uma pessoa que não consegue expressar a emoção do amor.
- Oxe, misera, acorda pra vida que não quero falar disso não, pô!
- E aí, com uma semente plantada na terra, eu brotarei o sentimento de força e de união de sua alma ao seu coração.
- Tá certo, saquei, tu tá me passando um trote, né? Hahaha, muito engraçado.
- Tu tu tu tu tu...
- Alô?

24 abril 2010

é seu destino singelo.
não há beleza em destino.
é sua procura no incerto.
não momento oportuno.

é seu pedido negado,
é o brilho dos olhos sendo apagado,
e o valor de um beijo
se reduzir a um vulto.

me diminuo no ato,
e com poucas palavras,
me abro de fato,
como uma flor ao sol.

e vou pedindo um abraço,
vindo de meus braços
o único consolo no meu espaço.
sozinho, calado... fardado.

uma farda vestida,
um fardo erguido,
uma vida desvencilhada
que me faz tornar um caco.

meus pedaços mínimos,
são jogados ao vento
e num determinado tempo
crio um empecilho.

não me deixo levar,
até o momento que vem
alguém me falar,
oi, venha desabafar.

sou um pequeno pedaço,
sou um mini gente no espaço,
na insignificância do ser
existente de todo universo.


II

quero um maço,
compro na banca,
não largo a mão,
é meu companheiro.

vou perdido na rua,
perdido no barco do mar,
em qualquer lugar que me vejo,
não sei porque estou lá.

esperança no ombro,
mosquito irritante no braço,
um tapa pra que vá embora,
me deixe fumar meu cigarro.

são pés fundos,
de um homem destinado
ao sofrimento mais profundo
que já foi criado.

Deus maldito cavalheiro,
não quer me desviar do meu ato
de agir como um palhaço,
menino bobo, faz rir o povo

mas não consegue tirar uma
risada de seu próprio rosto.

III

querido amigo,
nos mais próximos meses,
eu não entrarei mais em contato.

tenho vindo de pensamentos
diabólicos e maltratados
pela vida na qual me incluo.

as sombras da noite,
são companheiras no meu
solitário corpo escuro.

vazio e oco,
finjo ser assim,
pois amor não é.

IV

me beba.

Flor

É, flor.
Em meu jardim, belo,
Cuidei-te com carinho.

Não tire as outras mudas,
Não queira ser a flor mais bela
pelas outras flores.

Sim, flor,
Reguei-a com amor, não apaixonante,
mas cuidado em querer amar ao brotar-se.

Mas, flor,
Ao plantar sua semente e brotar,
Não queira ultrapassar meu jardim.

Pois, flor,
Ele é meu jardim,
E só eu toco nele.

É onde teve minha jasmin,
Minha orquídeas e você, flor
Não pode ter ele pra ti.

Você pode me ter pra ti,
Cuidarei, regarei e a tratarei
Como a mais bela flor dali.

No entanto, querendo ser a única flor,
não terá flor alguma sua ali,
Pois meu jardim é meu jardim

Cuido eu dele,
Cuido de meu coração para mim.

22 abril 2010

Creia

As vezes procuramos tudo ao mesmo tempo. Nos perdemos em porque não sabemos qual caminho tomar para alcançar o que queremos conseguir. Tão espaçosa que a vida é nos deixa com mil escolhas e assim nos tornamos pessoas beligerantes com nossas consciências. A crise existencial que fica lá, guardada dentro de todos nós e adormecida para que quando tudo desmorona ela apareça procurando conferir o fato de que no fundo, não sentido em nada e não somos coisa alguma.

Mas nos esforçamos.

E como seres humanos procuramos reviver de forma sentimental e juvenescer de forma fisiológica e viver de maneira única. Ter o prazer de nos sentirmos bem pelo que tivemos feito até então. A satisfação. Olhamos ao redor e vemos em um mundo de guerras coisas boas e alguns estão no meio de um campo florido comendo um banquete com a família e sente-se mal e enxerga as guerras que ocorrem no mundo. O primeiro se torna artista e o segundo se torna missionário.

Cada um com um papel.

O papel que nunca descobrimos qual é e se formos pensar, fazemos vários papéis e participamos da vida de muitas pessoas sendo nós uma única vida. E mesmo nada tendo sentido e nada sendo grandioso, nos sentimos grandiosos por conceder momentos bons para estas pessoas. Os homens grandiosos são os que fizeram pelo mundo e as pessoas grandiosas são as que fizeram o bem para as pessoas.

E vem também o amor que é profetizado em todos os seres vivos por toda a história. Aquela inexplicavél sensação que não há sensação que se compare. E então alguns, aventureiros, eternamente procuram saber a função disso. Seu resultado. O objetivo. De onde isto vem. Pra que isto vem. Mas como o resto do mundo, nada faz sentido ao menos que nós demos sentido a elas. Todo o sentido de tudo é pelo que nós damos, já que sentido nenhum faz aos outros.

Das guerras até os milagres, tudo é o que nós damos sentido. Acreditamos e a fé no que essas coisas tem de valor é o que nos faz dar sentido a nossa vida. O sentido da nossa vida é o sentido que estamos dando as coisas.

Daremos sentido a vida que nós vemos para dar sentido a nós mesmos, então.

A observação posterior do paciente falecido após anos de acompanhamento de número um, sete, quatro, oito e cinco

Conferenciado de um transtorno bipolar psicodélico caracterizado pela falta de senso de organização social comum acontecido no momento oportuno.

Detetizada anteriormente e posteriomente a organizações sociais e tentativas falhas de probabilidades de construção de relacionamentos inacabos pelo transtorno esquizofrênico.

O pensamento excessivo e analista, detalhista estabelece um maior numero de conexões neurais trasmitadas pelos nervos do cérebro causando impacto e algumas panes.

Paradas momentâneas e esquecimento involuntário, além da raiva regurgitada na voz, boca e expressada pelos movimentos violentos do corpo demonstram o excesso de impulsos nervosos do cérebro.

A baixa estima exageradamente depressiva acumulativa e não auxiliadora na construção de relações incorpora em suas ações pertubadoras para sociedade.

O surgimento da exclusão posteriormente concentrada em seu domílicio e sua focalização de seus sentimentos para imagens, sons e palavras acabam tornando inacabadamente incompleto.

Por fim definha-se em cama após perfeita saúde proprícia da genética dos que nascem nessa situação de transtorno bipolar psicodélico esquizofrênico.

18 abril 2010

505

Artcic Monkeys - 505
I'm going back to 505,
If its a 7 hour flight or a 45 minute drive,
In my imagination you're waiting lying on your side,
With your hands between your thighs,

Stop and wait a sec,
Oh when you look at me like that my darling,
What did you expect,
I probably still adore you with you hand around my neck,
Or I did last time I checked,

Not shy of a spark,
A knife twists at the thought that I should fall short of the mark,
Frightened by the bite though its no harsher than the bark,
Middle of adventure, such a perfect place to start,

I'm going back to 505,
If its a 7 hour flight or a 45 minute drive,
In my imagination you're waiting lying on your side,
With your hands between your thighs,

But I crumble completely when you cry,
It seems like once again you've had to greet me with goodbye,
Im always just about to go and spoil a surprise,
Take my hands off of your eyes too soon,

I'm going back to 505,
If its a 7 hour flight or a 45 minute drive,
In my imagination you're waiting lying on your side,
With your hands between your thighs and a smile!

16 abril 2010

Corvo

Uma criatura infame e em total planagem sobrevoa e açoita por aí de forma abrupta os meliantes e caças da noite. Procurado pela polícia, mesmo não sendo gente e gente parecida com ele era colocada na pena de morte e o mundo se torna tranquilo e vagaroso. Descoberto pelo pouso no coqueiro, contorna a esquina da sua antiga casa que acabara de deixar e tentava ficar longe dali antes que a Interpol chegasse. Pendurado pelos troncos das árvores como um morcego, a criatura infame continuava então, a açoitar de forma abrupa os meliantes e caças da manhã. Encontra-se com fome e um kiwi vai bem.
Só não acha seu coração.

Peso.

14 abril 2010

A do fanaul

pois é, perceba,
a vida prega peças,
veja o que há,
veja, pois não há o que ver.

não pense em amar,
não pense em viver, não imagine,
que ao menos imaginar,
é a esperança do que já perdeu.

e quando você acredita que,
é apenas escolher a pessoa certa a amar,
vc pesa em procurar,
escolhe, procura...

você quer encontrar, mas, de algum jeito,
depois de tanta cautela, ao ver o que tem,
não percebe que, no fundo, não é ninguém.

ninguém. não tenta encontar.
não há, não há,
não queira encontrar.
não queira não.

pois onde eu vou,
eu vou com você,
eu sou a solidão
e você precisa de mim
para poder viver.

sou seu melhor amigo,
não há porque temer,
não há porque acreditar
de que ser só não é viver,

se para viver só,
é preciso se amar,
e que mais amor puro você terá
além da própria certeza
de que o que você ama é você
e você irá se amar?

eu estou aqui para você,
em todos os momentos.
sou o único a dormir com você
na sua cama sem reclamar,
todos os dias.

estou aqui para você,
em todos os momentos,
ser sozinho, é certo,
pois é assim que nascemos
e é assim que morremos.

a solidão, meu caro amigo,
é o fardo que recebe ao abrir
os olhar e chorar,
ao fechar os olhos e parar
de respirar.

além de amar, e aquilo tudo,
blá blá blá,
suas palavras em vão te fazem sofrer
e a melhor maneira de tentar se proteger
do sofrimento,
é vivendo só.

se um dia só,
você sofrer por você,
e não por eles,
engolirei minha língua e irei embora.

não se preocupe:
estou aqui para lhe proteger,
seja meu amigo, me alimente
e você será muito mais feliz
e não irá sofrer.

estou aqui para você...
estou aqui para voce.

Areia

Aquilo, tudo que acreditamos ter em nossas mãos,
dissolvem-se como areia e somem com o soprar de um vento.
O olhos são cegados por esta própria areia, avulsa.
Sem enxergar o que há ao seu redor,
só pode enxergar o que há apenas dentro de seu corpo
e naquele momento, ele age pelo que sente.
Agindo pelo que sente, vulnerável pela cegueira,
mãos apertam suas mãos, lhe dão força e estrutura:
para vencer e gritar. Ele quer se tornar grande.
O sentimento que o envolveu dentro dele,
foi o amor por aquelas mãos.
Pobre garoto ao se iludir com tais mãos que nunca existiram.
Fizeram parte de sua consciência, procurando em algum lugar do mundo,
em acreditar que existe alguém importante além dele mesmo.
De que ele era importante.
Nada.

06 abril 2010

Tá?

Infringe, não deixe,
Siga, siga, siga,
Pise no freio, trave o volante,
Caminhe reto, esqueça o amante.

Sonho, sinos, igreja, fé.
Pulo do abismo,
Suicide-se em pílulas,
É bom ver a vida toda na cabeça
em apenas alguns segundos.

Esquece a si mesmo,
Esqueça quem você é ou
o que fizeram de você ser.
Primeiro, ei, primeiro, ei
me ouça!

Ouça, consciente sou eu,
A sua consciência sou eu!
Pise no freio, tenha fé,
Reflita sua vida,
Esqueça o passado,
Viva o presente, pense o futuro.

Faça-se Luz!

Um conciso de palavras inrefutas para poder de alguma forma, obter de forma lógica e racional, ao mesmo tempo em forma de charada, no intuito de que não saibam, mas percebam a faísca, o feixe de luz a se tornar luz novamente. Não breve, em suma, nem eterna, esta luz foi, mas sempre esteve presente e transitando em suas musas inspiradoras. Por isso eu, sem ser prolixo - nem sinto que tenha sido agora nas declarações anteriores -, a luz volta, madura, pronta para cair da árvore, volátil, muito mais presunçosa. A presunção é para mim a evolução da expectativa. O fruto volta sábio.

16 março 2010

Amargo

Com o tempo a vida nos ensina que a nossa vida não está sob o nosso controle. O mundo transita e a nossa vida vai junto com ele, sem nos pedir permissão e temos que lidar com esse tipo de situação. Aprendemos também que nós mesmos somos transitavéis. Uma hora gostamos e logo depois podemos odiar a mesma pessoa. Podemos criar confiança em segundos, ou serão necessário anos, atitudes, e perder esta confiança em segundos também, ou nos iludimos acreditando que tal pessoa merece tal confiança. Daí surge o arrependimento.
O arrependimento é fruto da nossa transitariedade que ocorre dentro de nossas cabeças. O arrependimento é o sentimento humano que mais suga a alma dos homens. Suga de tal forma pelo fato de que o arrependimento nunca irá passar. Pois o homem nunca sabe o que poderia ter acontecido. O arrependimento é quando imaginamos de que em algum momento de nossas vidas, poderiamos ter dado um passo que teria sido bem melhor do que já tinhámos dado. Ficamos então dentro do campo do imaginário, do que poderia ter sido e ficamos presos dentro de nós mesmos e em algo que nunca aconteceu.
Tenha a imensa curiosidade de saber como lidar com arrependimento de que não seja de uma forma de aceitação. Aceitação de que é assim que deveria ser, ou que não poderia ter ocorrido melhor, ou só olhar o lado positivo da situação, se, de mesmo fazendo isso, existe o lado negativo e simplesmente ignorá-lo não vai fazê-lo sumir.

O arrependimento é uma das duas causas principais da formação de nosso caráter. A outra causa é o trauma. Enfim, o arrependimento nos faz pensar em nunca mais tomar aquele caminho. Isso significa que é um caminho a menos dos milhares de centenas de caminhos existentes. Esse é o único lado positivo. No entanto, você continuará lidando com a situação que você mesmo se colocou pelo resto de sua vida por ter decidido seguir este caminho. Muito cuidado me suas escolhas.

Dentre os piores sentimentos, eu acredito que este se encaixa. O sofrimento pelo amor e o amargo arrependimento.

10 março 2010

Identidade da alma

A mente as vezes nos confunde. Na vida, todo mundo no fundo procura encontrar o seu significado. O motivo de existir, de estar lá, na vida. Tenta preencher o vazio que esconde no fundo de todos os seres da terra. Alguns dizem que o amor preenche esse vazio. Um filho. Aproveitar cada dia de sua vida. Mas as vezes tudo isso é somente uma distração do que realmente queremos e nunca sabemos o que é. Continuamos frustrados, indagando cada inconformidade da vida. Tentando enontrar a verdadeira justiça que está prevalecendo sobre nós e o porque nós sofremos. A mente nos confunde.

Você com o tempo vai percebendo que se conhece menos e menos. Nos iludimos dizendo que sabemos o que queremos e acabamos "caindo nos mesmos erros". As vezes é porque ainda não sabemos o que nos atrai o erro. Acabamos achando que é o mesmo tipo de erro socializado, aqueles que todos se aflingem por ter arriscado e não conseguido. Também nem sabemos o que é realmente arriscar.

Olha, é difícil você conseguir se encontrar. Tenha pena de nós mesmos porque no fundo todos nós estamos sozinhos. E interiormente sabemos disso e procuramos o máximo possível de um acolhimento próximo que nos faça acreditar que não seja realmente assim. E aí vem alguém dizendo pra você que não é assim. Que você tem seu pai, sua mãe, seus parentes, os melhores amigos. Mas eles não sentem por você. Por isso que a briga e o amor é a forma de aproximar mais as pessoas. Porque é a única forma comum na face da terra que consegue fazer com que os seres humanos consigam sentir a mesma coisa em um determinado momento, mesmo que seja mínimo. O sexo também. Mas tudo se desmancha em segundos, alguém deixa de amar, ou somente um parceiro tem um orgarsmo e tudo vai por água abaixo. Uma crise também une as pessoas. Pessoas são mantidas como reféns e todos, naquele momento dividem o medo da morte. De não verem mais as pessoas que elas amam. É isso que une as pessoas: quando em um determinado momento da sua vida as pessoas sentem a mesma coisa. O resto... apenas nos predemos a ela.

Nos prendemos as pessoas com medo da solidão e do vazio existente em nossos seres. Nossos egos gritam pedindo que tenhamos importância na vida de alguém ou de algo, para podermos nutrir a nossa necessidade de existir.

Nós queremos existir. Nós precisamos existir?

21 fevereiro 2010

Algumas vezes o tempo não cura nada,
apenas faz com que a gente esqueça das feridas.
Por mais que alguns tenham razão de suas ações,
nos ferimos eternamente, não importando o porque:
a decepção não depende da justificativa,
coerente ou não, é algo que não queríamos que acontecesse.

Por um momento a gente pensa que encontrou o que deveria,
tudo parece tão claro e simples de entender e absorver.
Demoramos muito tempo para encontrar,
mas só alguns segundos fazem que tudo vá por água abaixo.

Não se sabe então quando estamos certo ou não,
tão incerto pois tudo pode mudar em segundos,
para bom ou para ruim.
Nossas ações são importantes nessas ocasiões,
mas não necessariamente elas decidem as nossas vidas:

A nossa vida decide da nossa vida.
Por mais que tentamos mudar, ela pode ser mudada,
com um pouco de vontade mas também com um pouco de sorte.
Sem sorte, você não sai do lugar.
No lugar, com sorte, você pode até ser movido a força.

Sabe, as vezes decido não pretender tirar conclusão nenhuma da vida.
Esquecer qualquer justificativa, motivo.
Mas odeio me sentir entregue as mãos da vida e do destino.
Me sinto inútil. A vida vive por mim e eu só faço sentir...
Mas não viver.

Independente disso, eu gosto de sentir.
E também quero viver.

18 fevereiro 2010

Sabe quando você tem algo engasgado e precisa botar pra fora mas não sabe o que é? É exatamente assim que eu estou: eu não sei o que escrever no que eu quero escrever. São como os solos da guitarra de I Could Have Lied de Red Hot Chili Peppers (me sinto escrevendo como Jack Kerouac em On the road citando nomes de hits famosos, a parte famosa da cultura americana). Preciso escrever o que tô engasgado como os solos daquela guitarra. É aquele sentimento, mas não consigo transcrever de forma comunicativa. É aquilo.

Talvez porque não saiba o que quero. Um caminho incerto as vezes nos deixa perdido. É porque temos tantos caminhos que nenhum caminho os desperta assim tanta vontade de segui-lo. Ou tem muitos que despertam e fica difícil escolher - acho difícil isso acontecer. Agora os solos estão me levando aonde eu quero. Ouvir a música me fez escrever o texto. Este texto. Talvez também faça parte do caminho. Ouvir esta música me guia. A melodia das músicas me guiam. Teve um tempo em que eu quis fazer música, mas foi um caminho que minha mãe não permitiu eu seguir. As vezes eles tem razão as vezes não, são caminhos que se você voltar, atrasada toda a viagem. E ainda você tem que se preocupar em escolher qual caminho seguir, novamente.

Não sei, não sei. Talvez eu não consiga escrever, porque não sei qual caminho seguir.

04 fevereiro 2010

O mundo não é mais o mesmo


O mundo não é mais o mesmo. Essa é uma frase digna do que vivenciamos isso que chamamos de vida: nascer, trabalhar, pagar imposto, morrer. Claro que, fugindo desse quesito ainda temos a liberdade de curtir as mais belas maravilhas da vida, natureza, sexo e etc. Assim, este mundo que vivemos, que na verdade, nós perdemos diante de tanta informação e a falta de tais informações essenciais também para o nosso convívio pacífico interior, faz com que entramos em colapso. O mundo globalizado, onde a comunicação em velocidade é a novidade. Entretanto é o momento que as pessoas, nós, me incluindo, nos sentimos sozinhos e apaziguamos este vazio interior com comunidades do orkut e tribos na juventude. Não sou nada. Eu sempre achei essa frase um começo para um bom livro. Acho que o ideal de um bom romance é quebrar todas as expectativas do héroi que cogitam ser magnífico, aquilo que gostaríamos de ser. Não sou nada. E eu não sou nada mesmo.

Divago tanto na minha vida, como este texto divaga nas minhas ideias tão amplas que mal cabem nesse espaço que é concedido a mim para transparecer a vocês. Ideias, ideias, ideias... pensar, viver, escrever. Refletir. Tudo tão longíquo, complexo. Estou concretizando algo que é um bom início para tornar a vida mais explicativa. Concluo de que tudo é vago.

Sou um ponto na minha cidade, estado, país, mundo, universo. O meu tamanho para o universo é o mesmo que o meu tamanho para o nada. Eu não sou. Eu sou nada.

18 janeiro 2010

olhe bem nos meus olhos e me diga o que tem a dizer.
as mais profundas confissões ocorrem nos ambientes mais silenciosos.
o terreno sóbrio é muito vago quando se quer ser sentimentalista.
se perder um pouco de controle ajuda a ser um pouco de você mesmo.
você é seus instintos. você é seu sentir:
sua raiva, sua dor, seu amor.
olhar para dentro de si é enganar a si e aos outros...
você não enxerga nada. não é você, nem ninguém que vai te definir.
você é indefinível. você é o mais sábio e o mais burro.

segure minhas mãos bem fortes e diga o tem a dizer.
as melhores sensações de seguranças, são toques fortes, sem dor.
um abraço, um aperto das mãos, no ombro, um aperto da cabeça no peito.
nessas horas nenhuma confissão é feita.
o silêncio é o sinal da fortaleza.

olhe bem nos meus olhos, segure minhas mãos e diga o que você quer dizer. eu sou o o vazio onde suas confissões são afundadas, a segunrança onde o silêncio permanece para sinalizar o muro impenetrável. é só pedir que eu vou...

01 janeiro 2010

exista então, respondendo na ultima ocasião

julgando a realidade da forma que deseja,
imaginando e conjecturando da forma que lhe satisfaz,
perdendo... perdendo, perde.

de repente, senta, pernas bambeiam,
bem vindo ao mundo, eu diria,
é bom ouvir.

nos prega no chão, um chão verniz,
liso, facil de cair, um chão
que ninguém quer seguir.

as vezes é preciso gritar por amor
ou elogiar os olhos de quem se ama,
eu poderia pensar dessa forma.

mas as coisas não dão certo,
nem com boas pessoas ou más pessoas,
é questão de karma ou sorte.

o encontro de duas almas é como o brilho
de estrelas que estão prestes a explodir.
a lançar-se ao espaço

todo mundo lança-se ao mundo,
real, conjecturado, para encontrar o amor
que desejam achar no espaço

e o chão que não pisam mais, é pisado,
todo mundo corre por ele, escorregando,
caindo mas apressados...

apressados e tentam encontrar o que querem,
se consideram invencíveis, não se desanimam,
contanto que procurem seu amor

o amor dá voltas, faz voltas,
é uma reviravolta, é uma vida única
entre dois seres.

vamos cair... cair, o mundo,
ou sem mundo a ver, real ou não,
viver, é existir.

só existir.