31 agosto 2010
Reveja
Estou perdendo meus sentidos poéticos. Aos poucos uma frieza vai corrompendo os gostos de uma vida de desgosto - que é a de uma poeta - ou de um cientista do sentir, do analisar o sentir. A frieza que me corrompe, é uma brecha sobre uma sociedade na qual vivo. Um furo atrativo por dinheiro e beleza. Existem outras sociedades, dentro delas, aquelas alternativas, onde tem o sexo e as drogas. Cada sociedade tem seu vício. Você vai sendo sugado pelos vícios, outrora carro e dinheiro, outrora drogas e sexo. Essa repetição efêmera, mas também exigente em qualquer lugar em que conviver, é como um buraco negro sugando seu corpo. Não necessariamente se acessa, mas se convive e conviver é admitir normalidade. A normalidade é o comum e nada disso deve ser comum. Nenhum deles, nenhum de todos. Os vícios, a corrupção da alma, vamos nos livrar disso. Vamos nos livrar de todo este peso e exigência, trabalhe, estude, se forme, se controle. Vamos se policiar de todo o mal, não exceda, não se machuque, se valorize. Forme-se humano e não um ser, um indivíduo. Não um homem de conduta. Se torne humanista, humano, animal, instintivo. Seja a vida.
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