30 julho 2010

Não quero mais olhos e ouvidos, a serotonina não supera minhas ideologias.

Não consigo imaginar certas coisas,
a liberdade frenética liberta
certas sensações e pensamentos.

Tudo muito rápido em excesso,
sem leituras simples, as vezes
vejo o mundo hedonismo.

Não há pessimismo, uma mera
e peculiar inocência escorrida
pelo canto da vida e do mundo.

É de belo as vezes encontra,
nada progride,
nessas horas que não sei o que sinto.

Tudo tão vago e fútil me torno,
em torno de músicas tão bobas
e tingidas de inocência falsa.

Começo a parar de pensar,
as coisas se complicam e se perdem
nesse mundo falho.

Sem breves ressalvas entre pessoas
sobre coisas que poderiam se
discutir.

Se ausentam de suas cabeças,
e seus olhos se tornam os únicos
orgãos de reconhecimento.

E o amor não é mais inocente.
E não é mais uma palavra
que você saiba reconhecer.

Tudo se perde aos poucos,
e você perdido no hedonismo
não consigo perceber...

Não consigo perceber.
E quando vejo, os olhares
tendenciosos, consigo entender.

Então vejo onde estou,
me ponho no lugar e tento
me recompor desse mundo.

É lindo e sujo. Desse
jeito você percebe porque
tantos se perdem nesse ambiente.

É difícil não gostar.
Delicioso é provar a vida
sem pensar em nada e só usar.

Experimentar, ganhar, risos,
nada a pensar, nada a entender,
nada a se realizar...

E sem realizações,
ninguém cresce e encolhe,
ervilhas surgem no lugar de cérebros.

Coitados. Coitado de mim.
Uma vez na Dinha, no
Rio Vermelho, ouvi um cara dizer:

"Se saia dessa galera viu, amigo,
você se destaca e salve-se.
Só tenho isso a lhe dizer: salve-se."

E foi embora com um sorriso
e desapontado com o que tinha visto.
Dormi com consciência pesada.

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