eu queria poder ter a chance
de não te ter.
só esta chance, penso eu,
salvaria de mim mesmo de você.
quando você acordar e ver,
veja mesmo,
que as coisas não
são assim do jeito que você pensa,
você verá,
verá mesmo.
pareço enraivecido,
mas não estou,
só um pouquinho, pense
antes de pensar,
vem muita besteira.
percebi que me inspiro em
muitos poemas.
outro dia, escrevi com uma semântica
de Cazuza, aqueles versos meio aflorados...
não me identifiquei.
normalmente me inspiro em alguém,
hoje me sinto Bukowski,
saindo quase pelas pontas
dos versos um, "Hank".
percebo em Bukowski, mais
em seus poemas quando leio
mais
os seus romances.
se faz tão frio,
no palavriado cotidiano,
e um poema pra cada romance
mesquinho
ou
longo
que teve.
todas, sem exceção, todas as mulheres bukoeskianas,
estão nas poesias de Bukowski,
da mais feia, a mais bonita.
conheci um cara assim, outro dia,
tão frio mas um antro sensível que só,
um dia ele cansará que nem eu,
de um dia receber um chamado
de algumas delas,
"sai daqui, seu puto!"
daí, de ouvir de tantas
me dizerem,
"saí daqui, seu puto!"
quando então me reservei a poucas,
percebi,
a mesma coisa acontece.
acontece com todos,
em todas as relações
por mais
eternas
ou duradouras,
elas semprem terminam
com um, "sai daqui seu puto!"
ou ele manda ela embora.
tão eternos de ternuras
até a gélida falha
do orgulho
ou
de joguinhos infantis
que todo relacionamento tem.
sempre alguém é mandado embora.
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