e por uma faísca,
a chama que foi se acendendo,
a luz da porta se abrindo,
por um momento repentino,
um só,
um só,
um só.
não consegui.
escolhi o meu caminho já faz tempo,
e eu o percorro ao relento, sozinho,
destemido e na esperança de uma faísca,
que tire esse gemido do meu coração.
que me faça aparecer uma faísca,
uma pá para juntar os cacos de minha alma.
e por todo este tempo aprendo que nunca ficamos sozinhos.
é a compainha que nós temos que nos mata:
a esperança nos ameaça muitos vezes...
e muitas vezes queremos um ponto no céu.
as vezes, queremos olhar para as estrelas,
até que uma outra caia no seu lugar.
mas as estrelas não caém do céu, bobo.
e por muito tempo irei estar nesse caminho,
parece tão belo, por favor, não me deixe tão sozinho.
encontrarei um grupo, um parceiro,
um animal, uma bola de vôlei com nome wilson.
não me deixe percorrer este caminho
tão bonito mas tão sozinho.
quero dividir meus cacos.
cacos de alma que nunca foram juntados.
preciso de uma pá.
será que devo enterrá-los?
será que devo...
meu coração ainda geme.
a dor aumenta, preciso me sentar.
vamos parar de caminhar por um momento.
caminho, me aguarde,
voltarei... só me dê um tempo.
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