07 setembro 2010

ah

Ah.
em prece, se fez.
mas quiçá nem seja bom.

um velho gosto provado,
um mundo novo armado,
mas não monto.

apenas me controlo a versos
e palavras que aos poucos
persuadem ao nada.

é o nada, na verdade.
meu intuito está no sentir,
poético surgir e enfim.

não posso mais imaginar,
um mundo novo que não deve
se realizar.

para isso então,
apenas escrever, minto,
nem escrever vai adiantar.

é.
as velhas músicas que incidem.
as velhas e novas,
nunca acabam.

imprescendíveis.
desconfiáveis.
sim, sim.

é preciso disso para viver,
ou para ao menos saber que está vivo:
sentir.

uma dor, um amor,
qualquer coisa, isso não é ruim,
isso é humano, é bonito.

poesias sem rimas, as vezes rimam por si só.
ou apenas rimam apenas para seu coração.
e isso já basta.

não se pode esquecer dessa beleza.
deve se degustar, ouvir,
sentir, falar.

atitude.
as vezes serve, as vezes não.
o tempo para mim está devagar,
e passa rápido aos olhos,
ao mundo.

não quero nada,
tudo quero, me esquecerei agora.
preciso terminar com isso.
deixe-me apenas ouvir as música em meus ouvidos.

soa lindamente deprimido.
não deprimido de tristeza,
mas aquela melancolia romântica.

aquela música que desmancha flores,
além de corações.
batidas surreais que misturam a você mesmo.

barreiras te impedem de seguir.
sim, divido em partes, é assim que acontece.
aos poucos vai formando.

foi preciso sentir falta para sentir a verdade.
foi preciso ausência pra sentir presença.
e assim se forma.

assim se faz.

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