24 abril 2010

é seu destino singelo.
não há beleza em destino.
é sua procura no incerto.
não momento oportuno.

é seu pedido negado,
é o brilho dos olhos sendo apagado,
e o valor de um beijo
se reduzir a um vulto.

me diminuo no ato,
e com poucas palavras,
me abro de fato,
como uma flor ao sol.

e vou pedindo um abraço,
vindo de meus braços
o único consolo no meu espaço.
sozinho, calado... fardado.

uma farda vestida,
um fardo erguido,
uma vida desvencilhada
que me faz tornar um caco.

meus pedaços mínimos,
são jogados ao vento
e num determinado tempo
crio um empecilho.

não me deixo levar,
até o momento que vem
alguém me falar,
oi, venha desabafar.

sou um pequeno pedaço,
sou um mini gente no espaço,
na insignificância do ser
existente de todo universo.


II

quero um maço,
compro na banca,
não largo a mão,
é meu companheiro.

vou perdido na rua,
perdido no barco do mar,
em qualquer lugar que me vejo,
não sei porque estou lá.

esperança no ombro,
mosquito irritante no braço,
um tapa pra que vá embora,
me deixe fumar meu cigarro.

são pés fundos,
de um homem destinado
ao sofrimento mais profundo
que já foi criado.

Deus maldito cavalheiro,
não quer me desviar do meu ato
de agir como um palhaço,
menino bobo, faz rir o povo

mas não consegue tirar uma
risada de seu próprio rosto.

III

querido amigo,
nos mais próximos meses,
eu não entrarei mais em contato.

tenho vindo de pensamentos
diabólicos e maltratados
pela vida na qual me incluo.

as sombras da noite,
são companheiras no meu
solitário corpo escuro.

vazio e oco,
finjo ser assim,
pois amor não é.

IV

me beba.

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