é voce, sentada
olhando para mim
e não estando comigo.
é sua agonia de me ver
ou de te tocar e de
ouvir seus instintos.
é sua palavra não dita,
que toda vez é omitida
e toda vez eu descubro.
seu incomodo com o incomodável,
sua risada com o sem graça,
seu choro por uma história em tela.
seu choro por umas
palavras no ouvido.
onde você ouve
e tem medo de
não fazer o mesmo,
no mesmo sentido.
é o seu cabelo,
liso e comprido,
sendo sempre arrumado.
é seu olhar vesgo,
quando é apenas olhar,
e apenas viver o momento.
é seu momento ego,
onde é só você que
existe, e mesmo assim,
e mesmo assim, eu
oro por ti e me
ajoelho.
é seu toque,
velho e cansado,
por não ter vivido nada.
é sua confusão,
sua mão no peito
sem saber porque razão
está assim. é
gaguejar e começar
a frase que não terá fim.
o beijo sequencial,
o toque delicado
do lábio em cada
canto da boca,
em cada olho do rosto,
no queixo e no nariz.
é o fechar dos olhos
diante de mim
e saborear o colo
que existe para ti.
acomodar seu corpo
no meu, suas mãos
presas em meus braços,
e eu sinto estar
segurando um tesouro
com medo de alarmá-lo.
e tê-la em meus braços
é a minha maior segurança.
é a crescida tendência,
de te ver mais,
e gritar para ver menos,
é seu jeito me encantar mais,
é me perder por uma caneta
que não tem seu nome escrito,
é me perder por um colar
onde só há uma cruz.
é procurar esquecê-la
em qualquer lugar,
pois é difícil
conseguir.
é tentar se lembrar
das coisas boas
que nos levam a crer
de que tudo pode dar
certo, e tudo dará,
é só querer.
é só acreditar,
que no maior beleza
que existe no olhar,
no mais singelo sorriso,
no mais gritante pulsar
de um coração que
nem sentimentos contém,
a crença de que tudo
pode acabar bem,
é o que faz valer a pena.
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