17 junho 2009

difícil...

é voce, sentada
olhando para mim
e não estando comigo.

é sua agonia de me ver
ou de te tocar e de
ouvir seus instintos.

é sua palavra não dita,
que toda vez é omitida
e toda vez eu descubro.

seu incomodo com o incomodável,
sua risada com o sem graça,
seu choro por uma história em tela.

seu choro por umas
palavras no ouvido.
onde você ouve

e tem medo de
não fazer o mesmo,
no mesmo sentido.

é o seu cabelo,
liso e comprido,
sendo sempre arrumado.

é seu olhar vesgo,
quando é apenas olhar,
e apenas viver o momento.

é seu momento ego,
onde é só você que
existe, e mesmo assim,

e mesmo assim, eu
oro por ti e me
ajoelho.

é seu toque,
velho e cansado,
por não ter vivido nada.

é sua confusão,
sua mão no peito
sem saber porque razão

está assim. é
gaguejar e começar
a frase que não terá fim.

o beijo sequencial,
o toque delicado
do lábio em cada

canto da boca,
em cada olho do rosto,
no queixo e no nariz.

é o fechar dos olhos
diante de mim
e saborear o colo

que existe para ti.
acomodar seu corpo
no meu, suas mãos

presas em meus braços,
e eu sinto estar
segurando um tesouro

com medo de alarmá-lo.
e tê-la em meus braços
é a minha maior segurança.

é a crescida tendência,
de te ver mais,
e gritar para ver menos,

é seu jeito me encantar mais,
é me perder por uma caneta
que não tem seu nome escrito,

é me perder por um colar
onde só há uma cruz.
é procurar esquecê-la

em qualquer lugar,
pois é difícil
conseguir.

é tentar se lembrar
das coisas boas
que nos levam a crer

de que tudo pode dar
certo, e tudo dará,
é só querer.

é só acreditar,
que no maior beleza
que existe no olhar,

no mais singelo sorriso,
no mais gritante pulsar
de um coração que

nem sentimentos contém,
a crença de que tudo
pode acabar bem,

é o que faz valer a pena.

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