"Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?"
Reiniciando com um poema de Fernando Pessoa: Tabacaria.
Nada para dizer, pensar, raciocinar. Apenas escrever, fluindo, sem planejamento, sentimento, descontentamente e contentamento. O que vier a cabeça. Qualquer coisa que eu escreva, não irá descrever o que sinto, por isso, eu me dou ao pequeno luxo de escrever. Não tenho feito nada, nem dito nada. Não tenho brincado, dado boas risadas. Parece uma rima e até é. Não foi intencional.
Vazio. Um sentir... que não sente. Não condiz, não diz, não tem lógica, nem seguimento. Não há fluxo, fluidez, vontade, desvantagens, animação, magnetização ou fingimento. Não estou enganando, nem precisando acordar pra vida. Apenas, aqui, escrevo.
Escrevo porque escrever é algo que tenho a mais absoluta certeza de que não largo. Engraçado, falando nisso, lembrei: eu queimei todas as minhas anotações. Queimei porque naquele momento apocalíptico eu decidi parar de escrever poesias, textos que falavam sobre mim. Pois, eu percebi naquela hora, que não me ajudava em nada. Agora quero voltar a escrever. E continuo sabendo que não ajuda. E o mais engraçado de tudo, o motivo inicial de ter entrado neste assunto, é de que não me arrependo. Parece que eu queimei algo velho, antigo - parece que estou recomeçando tudo -, que não servia mais para a consciência que estou criando nesse momento. Para a maturidade de alguma idéia que provavelmente virá a surgir com o tempo.
O tempo. Lembrei novamente de algo que relaciona com o tempo. As respostas, suas conquistas, as batalhas. Todo mundo batalha por algo. Cada acredita naquilo que é de mais valor e vai atrás. Dinheiro, carro, família, amigos. Mas você só recebe o que você quer com paciência, com o tempo. Tem que ter uma recompensa, tem que ter um apoio. Ninguém cria auto estima e força de vontade comendo pêra na praia. Eu acredito - e batalho - em algo e só tenho isso a dizer:
Estou te esperando.
Um comentário:
gostei do novo nome, e do 'essa merda saiu de Gustavo' :)
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