Nada pelas aparências,
Tudo estava em uma coberta,
Em um véu cheio de transparências,
Não há novidades,
Apenas fui desiludido
Pela verdadeira realidade.
Uma ilusão criada por si,
Uma vontade de se esconder da verdade.
Voltemos a verdadeiras sensações o homem!
Me encontro no esgoto, então,
Que sensações sem desgosto, tripudiações,
Nada me salva disso, Além
De que nem nem quero sair daqui.
Continuemos, continuemos.
Não vivo,
Não sobrevivo.
Não estou aqui para grandes feitos,
Nem presenciar os seus efeitos.
Não estou para ser amado,
Talvez para fazer com que as pessoas se sintam importantes,
Talvez para fazer com que as pessoas se sintam importantes,
Pois só eu que consigo amar.
E essas pessoas façam grandes feitos,
Enquanto em armagura irei ficar.
Enquanto em armagura irei ficar.
Não recebei troca.
Não tenho que receber troca.
Lixo orgânico,
Não sou apenas lixo,
Sou também reciclável,
Para fazer com que outros façam grandes feitos,
E o húmus cubra meu coração de merda novamente.
E o húmus cubra meu coração de merda novamente.
Formigas e insetos,
Saboreiam de meus pequenos feitos.
Mas fogem,
Talvez não sejam tão bons assim.
O sabor, não lhe encontro,
Eu não lhe encontro.
Quem sou eu,
A definir os meus míseros feitos!
Infame dormirei sendo saboreado pelos insetos!
Dormirei e não há como saber,
Pois ninguém nunca soube sobre mim.
Nunca há de ir de encontro,
A mente escorre a lambaça que deixa e,
A mente escorre a lambaça que deixa e,
Por um momento, atrás dessa lama,
Encontro a verdadeira podridão escondida.
Encontro o defunto,
De olhos abertos
E olhando para mim.
Frio, sem sangue,
Sem vida.
E quando percebo,
Este defunto sou eu.
Um comentário:
não gostei dele.
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