Cansei da lucidez,
A loucura me pegou de vez
Não me vejo em qualquer lugar,
Algum lugar tenho que estar.
Destino ou sorte,
Nada mais importa nesse turbilhão
De casos de vida ou morte,
Meu coração,
Encontra-se em realmente
Solidão.
E por isso conheço muitos,
Muitos desconheço mas respeito,
Outros nem nunca vi,
As ruas, becos, vidas, idéias,
Pensamentos que surgem
Tudo está por vir.
Deixamos que venha.
É uma coisa boa,
Mas se fosse só boa, seria má,
Já que tudo de bom não tem graça,
Tem que amar,
Tem que se magoar,
Se agoniar, sentir, amargurar,
A vida não é só ficar
No desejar.
Eu não tenho boas idéias,
Não escrevo bons poemas,
Quanto mais boas relações,
Chuto em viver sem desilusões.
Não me enxergo com todos,
Nem me vejo sem ninguém.
Nem me vejo sem você,
Você. Sabe como é, o luar,
Brilha alcançando o horizonte,
Caminho brilhante do mar,
Do horizonte a praia,
Da praia até não ver mais.
Cheia, vazia,
Solta no espaço do céu,
Onde todos conseguem ver com o mesmo olhar.
E esse espaço cria um véu
E minha mente esta pronta para viajar.
Acorda em florestas
Sendo que dormiu em um altar.
Vejo a Lua na avenida
E o carro no ar.
Nada é certo e minha loucura tem sentido
Nada é bonito se for apenas visto.
Que idéias,
Quais idéias que serviriam para vocês?
Nenhuma delas terão sensatez,
A sua sensatez,
Pois no meio da minha loucura com senso,
Mas sem medir alturas, sem ter vez,
Não servem para ninguém.
Só para mim,
De mim para você,
De você só tenho a mim,
E em mim só penso em você.
Aquele terreno adentrado,
Que barulho você ouviu?
Um corrégo ou um lago?
Os rios nunca serão os mesmo.
I.
Nem suas inspirações terão as mesmas pedras,
Nem suas poções de espumas serão aquelas!
Os mergulhos,
Ah que mergulhos pelas flores belas,
Cercando o rio e sua correnteza.
II.
Em seu brilho,
Uma cor branca,
Será ali um coelho,
Meu querido?
Procuro ver,
Morro... renasço para tentar rever
Os momentos que deixei de fazer
Para poder conseguir o que não poderia ter.
Que coelho,
Se for um, milhões aparecerá,
A sua reprodução é fácil,
Ela se espalha rápido,
Apenas dois coelhos,
Formam uma manada,
De amores distribuídos por aqui,
Por aculá,
Em qualquer lugar.
III.
Não vejo coelho algum.
Sabe, sempre será assim,
Nunca conseguirei encontrar nada distribuído para mim.
Mas será porque não quero dividir
Tudo aquilo que consegui?
Não percebo, nem sei analisar,
Nessas horas
Tudo pode ser, tudo pode dar.
Continuo caminhando esperando um caminho certo
Aquele que me leve em algum lugar,
Onde eu sou alguém.
E você realmente existe.
IV.
Costumeiro,
Uma sátira:
Vivo, desvivo, "num" vivo,
Sinto, pressinto, sempre minto
Quando quero algo em meu ressinto,
Mas nunca, nem sempre
Deixo de assumir o que eu pinto em meu olhar.
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