25 novembro 2009

Eu pensei

Em um mundo tão aberto a possibilidade é difícil você se sentir seguro nesse leque de opções. Todas parecem tão confortáveis. Ou todas parecem uma merda. Depende da sua visão ou - as vezes - classe social. Você acaba dando um azar de nascer na merda e fica difícil sair dela. Pessoas fortes conseguem. Pessoas fracas tem vida boa e reclamam dela. Ou melhor, essas pessoas não tem seu potencial aproveitado. Nunca se sabe, alguns quando vão a merda, sabem aproveitar e se superar. É questão de cabeça. As vezes penso que é genético. A pessoa nasce pessimista ou nasce otimista. Tem gente que entra em depressão e precisa de ajuda pra sair. Tem gente que é otimista por mais otário que ele for. A vida é feita pelas nossas cabeças e não pela realidade a nossa volta. A gente mesmo constrói ela. Por isso as vezes acredito que é genético. A pessoa nasce na merda. Ou aprende quando criança, vendo seus pais olhando suas vidas mesquinhas cheia de papelada no trabalho, reclamando da vida e olhando de forma medíocre para seus filhos acreditando que eles não tem problemas fazendo comentários tipo:"aproveita a vida que tu tens, rapaz, porque quando crescer, vai saber o que é a realidade."

E nesse ponto, você fica relacionando a realidade a essa merda de vida de trabalho que seu pai tem. Mas talvez, quando pequeno, você já poderia pensar:"puta merda, velho, não quero isso pra mim. Vou crescer e ter uma vida muito melhor d que a de meu pai." As vezes eu acho que realmente... é genético.

É genético pensar em merda, sentir a poesia, ser pessimista. É genético. Alguns sentem a vida nos poros da pele, outros são frios como pedra. Alguns passam despercebidos e mercê da vida e são apenas movidos pelo sistema. Outros... passam a mercê do sistema e são movidos pela vida.

Queria ser homem do peito aberto. Sou um homem com trinta pregos no coração e dois olhos nus e crus a meu ser.

Nenhum comentário: