Encostado na barraca, eu pensava com meus botões enquanto a fumaça se esvairava no ar. Olhava para cima, onde ainda tinham árvores, com folhas de cores verdes bem realçadas pela luz do sol que se encontrava atrás delas. Sem vento nenhum. Tudo estava quieto e haviam dois casais no lugar. Um, um pouco longe no carro, crianças, pareciam ser do colegial e mais outro par, do outro lado na rua, encostado no muro. Foram eles que me esfaquearam nessa hora.
Raramente passo por essa barraca. Composta por bancos de pernas amarelas e assentos de cores vermelhas escuras. O ambiente é amarelo. Tudo tem um tom meio amarelo. As cores hoje pareciam realmente estar perceptíveis aos meus olhos porque era tudo que via. E só pensava em uma só coisa. Eu percebi que este pensamento está aos poucos me corroendo, me levando a uma morte promissora. Me sinto mais velho por isso, mesmo sendo tão novo ainda.
Me lembrei quando aquela tia, que trabalha na barraca, ficava falando sobre o chove não molha comigo. Tava sentado nesse banco na hora e ela veio se intrometendo no assunto me deixando um pouco rubro pelo que ela falou. Naquele momento, que era mais ou menos um ano antes desse, eu tinha sonhos tão belos sobre um casal.
Agora vejo um ano depois, dois casais. Tão carinhosos. E eu tão só. Tão só.
O que fiz de errado?
Pensar nisso... mata-me aos poucos.
30 novembro 2009
29 novembro 2009
25 novembro 2009
Eu pensei
Em um mundo tão aberto a possibilidade é difícil você se sentir seguro nesse leque de opções. Todas parecem tão confortáveis. Ou todas parecem uma merda. Depende da sua visão ou - as vezes - classe social. Você acaba dando um azar de nascer na merda e fica difícil sair dela. Pessoas fortes conseguem. Pessoas fracas tem vida boa e reclamam dela. Ou melhor, essas pessoas não tem seu potencial aproveitado. Nunca se sabe, alguns quando vão a merda, sabem aproveitar e se superar. É questão de cabeça. As vezes penso que é genético. A pessoa nasce pessimista ou nasce otimista. Tem gente que entra em depressão e precisa de ajuda pra sair. Tem gente que é otimista por mais otário que ele for. A vida é feita pelas nossas cabeças e não pela realidade a nossa volta. A gente mesmo constrói ela. Por isso as vezes acredito que é genético. A pessoa nasce na merda. Ou aprende quando criança, vendo seus pais olhando suas vidas mesquinhas cheia de papelada no trabalho, reclamando da vida e olhando de forma medíocre para seus filhos acreditando que eles não tem problemas fazendo comentários tipo:"aproveita a vida que tu tens, rapaz, porque quando crescer, vai saber o que é a realidade."
E nesse ponto, você fica relacionando a realidade a essa merda de vida de trabalho que seu pai tem. Mas talvez, quando pequeno, você já poderia pensar:"puta merda, velho, não quero isso pra mim. Vou crescer e ter uma vida muito melhor d que a de meu pai." As vezes eu acho que realmente... é genético.
É genético pensar em merda, sentir a poesia, ser pessimista. É genético. Alguns sentem a vida nos poros da pele, outros são frios como pedra. Alguns passam despercebidos e mercê da vida e são apenas movidos pelo sistema. Outros... passam a mercê do sistema e são movidos pela vida.
Queria ser homem do peito aberto. Sou um homem com trinta pregos no coração e dois olhos nus e crus a meu ser.
E nesse ponto, você fica relacionando a realidade a essa merda de vida de trabalho que seu pai tem. Mas talvez, quando pequeno, você já poderia pensar:"puta merda, velho, não quero isso pra mim. Vou crescer e ter uma vida muito melhor d que a de meu pai." As vezes eu acho que realmente... é genético.
É genético pensar em merda, sentir a poesia, ser pessimista. É genético. Alguns sentem a vida nos poros da pele, outros são frios como pedra. Alguns passam despercebidos e mercê da vida e são apenas movidos pelo sistema. Outros... passam a mercê do sistema e são movidos pela vida.
Queria ser homem do peito aberto. Sou um homem com trinta pregos no coração e dois olhos nus e crus a meu ser.
20 novembro 2009
Rege o ego interior do ser
A prece por uma vida não monótona é quase que o principal ponto que estanca na vida das pessoas. Algumas se irritam profundamente quando adentram a tal detalhe, outros tem uma visão aventureira a não ter uma vida monótona. A secura que o ser humano tem diante dos outros seres humanos de acordo com os problemas que envolvem o seu ser, demonstram o quão eles são variáveis e nao confiáveis. A partir do instante em que, de repente, os problemas de certo indivíduo modifica, assim modifica sua reação diante de todos que participam de seu vínculo de relações. Então ele se torna variável pelos seus problemas.
Quando os problemas não envolvem um dos indivíduos, talvez a mudança seja praticamente indiferente por mais que ela ocorra. Mas ainda existe uma diferença, mesmo que a única diferença seja o fato do ser passar o seu problema para este indivíduo assim, mostrando que há uma mudança de comportamento entre os dois. O ser quer que o indivíduo ajude-o a encontrar respostas pelos problemas e já criam expectativas o que pode mudar ou não a relação.
De certa forma, acabo de encontrar uma justificativa então para o vai e vem das relações em que se descontituem e se formam incontáveis vezes. Mas em nenhum momento é justificável perdoar por isso. As relações devem se desconstituir e se reconstituir ou nunca se reconstituir, caso haja necessidade. A necessidade não impede necessariamente do dois, mas sim das possibilidades que possam abranger vertentes que ofereçam a vantagem de fortalecer a relação. A principal vertente que pode ajudar nesta ocasião seria a convivência que é de extrema importância para que ocorra.
Mas de qualquer forma, afinal de contas, justificando o fato das pessoas agirem de forma diferentem em relação as outras de acordo como a demanda de seus problemas desenvolve, não justifica o perdão. Não deve ser perdoado e por isso, vindo do mundo de minha a alma o sentimento de raiva e a frieza de minha mente de que, não há perdão para tal ocasião que ocorrer, que ocorreu e que ocorre.
Não existe perdão para tais tratamentos. Apenas justificativas.
Quando os problemas não envolvem um dos indivíduos, talvez a mudança seja praticamente indiferente por mais que ela ocorra. Mas ainda existe uma diferença, mesmo que a única diferença seja o fato do ser passar o seu problema para este indivíduo assim, mostrando que há uma mudança de comportamento entre os dois. O ser quer que o indivíduo ajude-o a encontrar respostas pelos problemas e já criam expectativas o que pode mudar ou não a relação.
De certa forma, acabo de encontrar uma justificativa então para o vai e vem das relações em que se descontituem e se formam incontáveis vezes. Mas em nenhum momento é justificável perdoar por isso. As relações devem se desconstituir e se reconstituir ou nunca se reconstituir, caso haja necessidade. A necessidade não impede necessariamente do dois, mas sim das possibilidades que possam abranger vertentes que ofereçam a vantagem de fortalecer a relação. A principal vertente que pode ajudar nesta ocasião seria a convivência que é de extrema importância para que ocorra.
Mas de qualquer forma, afinal de contas, justificando o fato das pessoas agirem de forma diferentem em relação as outras de acordo como a demanda de seus problemas desenvolve, não justifica o perdão. Não deve ser perdoado e por isso, vindo do mundo de minha a alma o sentimento de raiva e a frieza de minha mente de que, não há perdão para tal ocasião que ocorrer, que ocorreu e que ocorre.
Não existe perdão para tais tratamentos. Apenas justificativas.
12 novembro 2009
Tenta me destruir
Nada a escrever para algo que não se sente.
Tudo a escrever para superar o que lhe destrói.
Aos poucos preciso deixar ir, rever meus conceitos, se tornar um héroi para salvar a mim mesmo.
Não encontrar o rumo certo, não se esconder do que me decepcionou, mas enfrentá-lo, sem saber quem o enfrentou, enfrentá-lo com todo o meu coração.
Nada de filmes românticos para lhe dar a esperança de que tudo pode dar certo.
Nada de acreditar no mundo que não existe, pois você não vive nele.
Você existe, eu existo.
E quando o mundo me corrompe e eu me ofendo, em tempos atrás teria entrado nos trilhos da tristeza, como meu coração pedia.
Chorava pelo desgosto de minha vida e procurava entender o que me corrompia.
Dessa vez, eu sou.
E tu, não és nada para mim.
Tudo a escrever para superar o que lhe destrói.
Aos poucos preciso deixar ir, rever meus conceitos, se tornar um héroi para salvar a mim mesmo.
Não encontrar o rumo certo, não se esconder do que me decepcionou, mas enfrentá-lo, sem saber quem o enfrentou, enfrentá-lo com todo o meu coração.
Nada de filmes românticos para lhe dar a esperança de que tudo pode dar certo.
Nada de acreditar no mundo que não existe, pois você não vive nele.
Você existe, eu existo.
E quando o mundo me corrompe e eu me ofendo, em tempos atrás teria entrado nos trilhos da tristeza, como meu coração pedia.
Chorava pelo desgosto de minha vida e procurava entender o que me corrompia.
Dessa vez, eu sou.
E tu, não és nada para mim.
05 novembro 2009
Caminhar
Minha consciência é um giro,
Meu antro é meu poder.
Interiormente aos gritos
Não me acho como ser,
Nem me encontro no antro
Em que ando escondido.
Em giros, enjôos e ânsias,
Eu dismitifico o belo
E crio coragem para mudança.
Não tenho medo do que vier
Mas tenho depecção do que já vi.
Perco as esperanças do mundo.
Em um giro redondo
Não saio do lugar.
Só guardo um sorriso no rosto
E vou levando meu corpo me resumindo a caminhar.
Meu antro é meu poder.
Interiormente aos gritos
Não me acho como ser,
Nem me encontro no antro
Em que ando escondido.
Em giros, enjôos e ânsias,
Eu dismitifico o belo
E crio coragem para mudança.
Não tenho medo do que vier
Mas tenho depecção do que já vi.
Perco as esperanças do mundo.
Em um giro redondo
Não saio do lugar.
Só guardo um sorriso no rosto
E vou levando meu corpo me resumindo a caminhar.
04 novembro 2009
03 novembro 2009
O sofrimento é a ressurreição da morte da Fênix
O sofrimento do nascimento.
A dor da morte.
O sofrimento pode ser acumulativo,
ou explosivo.
Sua profundidade alcança parâmetros inalcançavéis.
Sua dor corrompe de forma inexplicável.
Ela penetra nos poros da pele endêmica pelo tempo.
Ela desfragmenta o coração do homem,
Torna-o feito de areia que ao vento... pode ser perdido e não recuperado.
O sofrimento deixa marcas eternas.
Seu coração, que agora é areia, pode ser moldado... mas até a água o desfaz.
O sofrimento são como milhares de agulhas que furam seus olhos
de pálpebras fechadas.
A dor que ressente é real e não material,
Suas pernas fraquejam e sua vida derrete na sua frente.
As imagens das boas pessoas se tornam cinzas e a falta de confiança
cobre o corpo de sua mente.
Seu pelejo contra isso é impossível.
O que peleja a isso... é obscuro.
Tudo isso é obscuro... medonho... violento.
É uma violência.
Uma violência a alma humana,
uma violência a minha alma.
O sofrimento é a ressurreição da morte da Fênix.
Ela sofre para renascer da sua morte.
A dor da morte.
O sofrimento pode ser acumulativo,
ou explosivo.
Sua profundidade alcança parâmetros inalcançavéis.
Sua dor corrompe de forma inexplicável.
Ela penetra nos poros da pele endêmica pelo tempo.
Ela desfragmenta o coração do homem,
Torna-o feito de areia que ao vento... pode ser perdido e não recuperado.
O sofrimento deixa marcas eternas.
Seu coração, que agora é areia, pode ser moldado... mas até a água o desfaz.
O sofrimento são como milhares de agulhas que furam seus olhos
de pálpebras fechadas.
A dor que ressente é real e não material,
Suas pernas fraquejam e sua vida derrete na sua frente.
As imagens das boas pessoas se tornam cinzas e a falta de confiança
cobre o corpo de sua mente.
Seu pelejo contra isso é impossível.
O que peleja a isso... é obscuro.
Tudo isso é obscuro... medonho... violento.
É uma violência.
Uma violência a alma humana,
uma violência a minha alma.
O sofrimento é a ressurreição da morte da Fênix.
Ela sofre para renascer da sua morte.
02 novembro 2009
Eu
Eu sou nada.
Eu sou o nada.
Eu não sou nada (expressão)
Eu não sou nada.
Eu sou nada, ou
Eu sou o nada.
Eu não sou nada.
Eu sou o nada.
Porque eu sou.
Eu sou o nada,
para as pessoas,
para mim,
para você.
Eu sou apenas nada.
Eu sou o nada.
Eu não sou nada (expressão)
Eu não sou nada.
Eu sou nada, ou
Eu sou o nada.
Eu não sou nada.
Eu sou o nada.
Porque eu sou.
Eu sou o nada,
para as pessoas,
para mim,
para você.
Eu sou apenas nada.
Você está na sociedade
- Se você pensar, a vida nos traz tamanho conhecimento que nem imaginamos. Cada segundo que gastamos fazendo o que gostamos, vale a pena. Cada segundo gasto com uma decisão, vai levar uma decisão para a vida inteira. A vida é importante e deve ser valorizada.
- ...
- E as pessoas continuam procurando entender porque injustiças acontecem. A vida é assim. É necessário entendermos o lado positivo da vida e de que aprendemos sempre com os nossos obstáculos. É necessário lutar e ser forte.
- ...
- Você agora deve estar procurando saber qual o sentido da vida, certo?
- Err... na verdade, não. Onde eu estou?
- ...
- E as pessoas continuam procurando entender porque injustiças acontecem. A vida é assim. É necessário entendermos o lado positivo da vida e de que aprendemos sempre com os nossos obstáculos. É necessário lutar e ser forte.
- ...
- Você agora deve estar procurando saber qual o sentido da vida, certo?
- Err... na verdade, não. Onde eu estou?
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