A luz vindo da porta segue pelo chão, até minha cama, atingindo a cortina.
O cobertor até meus ombros e meus braços sobrepostos.
Um olhar ao teto, branco com baixa luminosidade,
Pela porta encostada.
Uma perna dobrada, outra esticada, uma troca entre elas,
Uma perna esticada, outra dobrada.
O horário do relógio eletrônico não me convence.
Continuo olhando ao teto, branco, com baixa luminosidade,
Pela porta encostada.
A luz, da vida, passa embaixo de você, por cima de você e atinge o próprio objeto que você tenta cobrir a luz.
A sua casca de proteção sobre a vida, vem até o coração,
Mas sua cabeça continua louca e fervendo, podendo se locomover.
Evitar olhar pra luz, olhando para o nada,
Encontra a claridade dela.
Qualquer que seja sua posição,
Por mais que evite tal luz em sua vida,
Ela continuará.
Nada lhe convence você de que tudo está tarde.
Ainda tem muito o que fazer.
Mas continuo, olhando para o teto,
Evitando a luz em minha vida,
Pela fresta da porta.
Um comentário:
PERFEITO!!!
Postar um comentário