Detenho-me.
Percorro a mim o mundo.
Caminho sobre mim, o meu universo.
Perco a cabeça.
Tão belo, tão belo.
Intrépido, procuro a liberdade de mim mesmo.
Preso a mim, saio de mim,
Vejo-me de cima,
Não reconheço o rosto claro.
Claro de palidez.
Ao ver o que não desejava, me dá esperanças de voltar.
Ao voltar ser o que desejava me dá esperanças de me realizar.
O ciclo Schopenhauer me aparece.
Ou aceito ou detenho-me.
Detenho-me.
26 março 2009
18 março 2009
Entreaberta
A luz vindo da porta segue pelo chão, até minha cama, atingindo a cortina.
O cobertor até meus ombros e meus braços sobrepostos.
Um olhar ao teto, branco com baixa luminosidade,
Pela porta encostada.
Uma perna dobrada, outra esticada, uma troca entre elas,
Uma perna esticada, outra dobrada.
O horário do relógio eletrônico não me convence.
Continuo olhando ao teto, branco, com baixa luminosidade,
Pela porta encostada.
A luz, da vida, passa embaixo de você, por cima de você e atinge o próprio objeto que você tenta cobrir a luz.
A sua casca de proteção sobre a vida, vem até o coração,
Mas sua cabeça continua louca e fervendo, podendo se locomover.
Evitar olhar pra luz, olhando para o nada,
Encontra a claridade dela.
Qualquer que seja sua posição,
Por mais que evite tal luz em sua vida,
Ela continuará.
Nada lhe convence você de que tudo está tarde.
Ainda tem muito o que fazer.
Mas continuo, olhando para o teto,
Evitando a luz em minha vida,
Pela fresta da porta.
O cobertor até meus ombros e meus braços sobrepostos.
Um olhar ao teto, branco com baixa luminosidade,
Pela porta encostada.
Uma perna dobrada, outra esticada, uma troca entre elas,
Uma perna esticada, outra dobrada.
O horário do relógio eletrônico não me convence.
Continuo olhando ao teto, branco, com baixa luminosidade,
Pela porta encostada.
A luz, da vida, passa embaixo de você, por cima de você e atinge o próprio objeto que você tenta cobrir a luz.
A sua casca de proteção sobre a vida, vem até o coração,
Mas sua cabeça continua louca e fervendo, podendo se locomover.
Evitar olhar pra luz, olhando para o nada,
Encontra a claridade dela.
Qualquer que seja sua posição,
Por mais que evite tal luz em sua vida,
Ela continuará.
Nada lhe convence você de que tudo está tarde.
Ainda tem muito o que fazer.
Mas continuo, olhando para o teto,
Evitando a luz em minha vida,
Pela fresta da porta.
13 março 2009
Inquieto
O descrédito, que impune, assume, sem pedir direito, em mim.
Tranquilo, inerte, aceito sem rebeldias.
A inquietude do quarto, por segundos se transforma.
Os caminhos por qual eu vi e vivi, não existe mais.
Some.
Um vermelho e verde, não sei bem que cor era.
Tudo escurece com uma luz, não entendi muito o que vi.
A chama se acende com a água que aparece não sei de onde.
Tudo desaparece para que eles não sumam de minha vista.
Escondido de nada, me acharam por optarem não procurar.
Descrédito, que me deu bônus para ter crença no que não quero.
Tranquilo, inerte, aceito sem rebeldias.
A inquietude do quarto, por segundos se transforma.
Os caminhos por qual eu vi e vivi, não existe mais.
Some.
Um vermelho e verde, não sei bem que cor era.
Tudo escurece com uma luz, não entendi muito o que vi.
A chama se acende com a água que aparece não sei de onde.
Tudo desaparece para que eles não sumam de minha vista.
Escondido de nada, me acharam por optarem não procurar.
Descrédito, que me deu bônus para ter crença no que não quero.
11 março 2009
Não cabe
Não cabe. Ninguém aguentaria
Tal sofimento vazio.
Só os que morreram, entenderiam.
Não há tamanho.
Nem medida, nem descrição.
Não se mede a sentimento,
Não se compara a uma decepção.
Uma agonia fora de um ser humano.
Sem amor, sem glória.
Nem conquista, nem vitória.
Nenhum outro suportaria.
Não cabe,
Nem se dividisse a todos os seres felizes.
Tal sofimento vazio.
Só os que morreram, entenderiam.
Não há tamanho.
Nem medida, nem descrição.
Não se mede a sentimento,
Não se compara a uma decepção.
Uma agonia fora de um ser humano.
Sem amor, sem glória.
Nem conquista, nem vitória.
Nenhum outro suportaria.
Não cabe,
Nem se dividisse a todos os seres felizes.
10 março 2009
The Blower's Daughter
and so it is
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new
E a vida continua.
Ou seja, pessoas te fodem,
Pessoas te traem, pessoas te machucam.
Quais vidas não serão assim, não é vida.
É monotonia.
O mundo divergido,
Aquele mundo sem glórias,
Não vitórias, só há derrotas,
Não se conquista, nem se ganha.
Não há felicidade, há ilusão.
Não caridade, nem generosidade,
Há interesses.
Pois a vida é um fluxo de interesses.
Tudo é um fluxo de interesses.
Até a natureza tem os seus interesses.
Você irá contra a natureza?
Será punido, como ela pune todos.
É... eu estou sendo punido.
Ou seja, pessoas te fodem,
Pessoas te traem, pessoas te machucam.
Quais vidas não serão assim, não é vida.
É monotonia.
O mundo divergido,
Aquele mundo sem glórias,
Não vitórias, só há derrotas,
Não se conquista, nem se ganha.
Não há felicidade, há ilusão.
Não caridade, nem generosidade,
Há interesses.
Pois a vida é um fluxo de interesses.
Tudo é um fluxo de interesses.
Até a natureza tem os seus interesses.
Você irá contra a natureza?
Será punido, como ela pune todos.
É... eu estou sendo punido.
09 março 2009
Não tenho tempo para o mundo.
Indiscreto, tento consertar o pouco que me resta.
Não quebre o pouco que já construí.
Se não quer, não bata em minha porta,
Não estou a qualquer hora, nem nas horas que não é você.
E se for, não me diga que é você.
Quero consertar o que me resta,
Me deixe, por favor.
Só apareça se for me ajudar a construir, juntos.
Fora isso,
Me deixe em paz,
Eu suplico.
Indiscreto, tento consertar o pouco que me resta.
Não quebre o pouco que já construí.
Se não quer, não bata em minha porta,
Não estou a qualquer hora, nem nas horas que não é você.
E se for, não me diga que é você.
Quero consertar o que me resta,
Me deixe, por favor.
Só apareça se for me ajudar a construir, juntos.
Fora isso,
Me deixe em paz,
Eu suplico.
08 março 2009
Estático
Não me volta a plenitude de ser.
Ser algo significativamente aquilo que vejo.
Tudo tão árido, ralo, diante da verdade.
Tudo tão sério, sereno, em mim mesmo, desconfio,
De tanta certeza de saber algo que não gostaria que fosse assim.
Velejo, de acordo com os ventos do coração.
Velejo, a espera de que algum vento me leve.
Sem me importar com o trajeto, aceito.
Aceito, pelo fato de que quero sair daqui,
Eu quero sair daqui, eu quero.
Mas eu gosto da paisagem, de tudo envolta do barco.
Não me volta a plenitude de ser.
Estou inerte.
Ser algo significativamente aquilo que vejo.
Tudo tão árido, ralo, diante da verdade.
Tudo tão sério, sereno, em mim mesmo, desconfio,
De tanta certeza de saber algo que não gostaria que fosse assim.
Velejo, de acordo com os ventos do coração.
Velejo, a espera de que algum vento me leve.
Sem me importar com o trajeto, aceito.
Aceito, pelo fato de que quero sair daqui,
Eu quero sair daqui, eu quero.
Mas eu gosto da paisagem, de tudo envolta do barco.
Não me volta a plenitude de ser.
Estou inerte.
06 março 2009
Frangalhos
Estou aqui,
Como farelos de pão,
Como frangalhos de roupa,
Como penas soltas de uma galinha,
Como a madeira decomposta pelo cupim.
Como a casca da tinta caindo da parede.
Estou aqui,
Suspenso no ar,
Em cima de um lindo jardim,
No qual não posso tocar.
Eu estou aqui,
Como folhas caindo no outono,
Como folhetos caídos na calçada,
Como cabelos caindo de uma careca,
Como peixes morrendo em um lago.
Estou aqui,
Debaixo da terra,
Sufocado pelo ar da atmosfera,
Do qual não quero respirar.
Eu estou aqui,
Como pedaços de um corpo,
Como unhas caídas de um dedo,
Como olhos saltados de um morto.
Eu estou aqui,
Como formigas em um jardim,
Como uma torcida em um estádio,
Mais um indíviduo,
Entre muitos outros,
Com o mesmo estado.
Eu estou aqui,
No meio do nada,
Sem saber onde ir,
Sem saber onde voltar,
Nem voltas, só pra variar,
Pra não ficar parado,
Onde exatamente estou,
E infelizmente...
Não quero sair do lugar.
Como farelos de pão,
Como frangalhos de roupa,
Como penas soltas de uma galinha,
Como a madeira decomposta pelo cupim.
Como a casca da tinta caindo da parede.
Estou aqui,
Suspenso no ar,
Em cima de um lindo jardim,
No qual não posso tocar.
Eu estou aqui,
Como folhas caindo no outono,
Como folhetos caídos na calçada,
Como cabelos caindo de uma careca,
Como peixes morrendo em um lago.
Estou aqui,
Debaixo da terra,
Sufocado pelo ar da atmosfera,
Do qual não quero respirar.
Eu estou aqui,
Como pedaços de um corpo,
Como unhas caídas de um dedo,
Como olhos saltados de um morto.
Eu estou aqui,
Como formigas em um jardim,
Como uma torcida em um estádio,
Mais um indíviduo,
Entre muitos outros,
Com o mesmo estado.
Eu estou aqui,
No meio do nada,
Sem saber onde ir,
Sem saber onde voltar,
Nem voltas, só pra variar,
Pra não ficar parado,
Onde exatamente estou,
E infelizmente...
Não quero sair do lugar.
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