21 dezembro 2008

Não me aproximo. Não me recordo, algumas vezes tento me afastar, correr para longe. Vou sentindo as pisadas mais pesadas, o ritmo ficando mais seco, parece que carrego 100kg em minhas costas. Não consigo chegar a lugar nenhum. Corro, me aproximo, as duas coisas não dão certo.

Apenas fico parado.

No meio da floresta vazia, sombria. Seus galhos dançando ao sabor da brisa gelada e criando pequenos barulhos e chacoalhos das folhas caindo ao chão. No meio do nada, do bosque, sentado, ali, me contendo de agonia e medo.

De agonia e medo.
De agonia e medo.
De agonia e medo.
De agonia e medo.

E só.

Vou preparar um café para ver se a dor de cabeça passa.

Nenhum comentário: