10 setembro 2008
Viajante Sombrio
Desapareço. Em vias estreitas, caminho de chinelos sem a menor pressa. Ocorre eu colocar um cigarro na boca, mas estava sem esqueiro, e o cigarro continuou na boca, não aceso. Continuo caminhando me enrolando no capote tentando me livrar da ventania. Dobro esquinha, outra via estreita. Começo a subir algumas escadas na qual estão, se não me engano, em espiral. Alcanço a casa e fico por horas olhando para a mesma e o cigarro na boca. Queria acender mas a noite não convinha com o momento de pedir fogo a alguém. Era tarde e as calças estava molhadas da chuva que havia ocorrido antes de que eu saísse. Entendo que, já era minha hora, pois luzes se acenderam e um homem velho, saiu da casa sorridente pela noite bem aproveitada. As cicatrizes o lembrava dela e seus cabelos negros. Desde aquele dia não saia da cidade e se prendia na podridão da rua. Aquele mulher não saia de sua cabeça.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário