02 agosto 2008

Viajante sombrio.

Nas mais fétidas estalagens, num teto apodrecido pelo tempo e entupido de teias de aranha, sustentado em pilastras de madeira velhas. Ali estava uma mulher de cabelos negros, semi nua, lavando algumas roupas em uma bacia cheia d'água. Eu estava coberto.
Levantei e percebi mais o quarto obscuro. Eu estava nu e coberto e minhas roupas eram as quais a mulher estava lavando. Ela nem percebia, estava coberta pela parte apenas de baixo com uma saia e sua camisa estava sobre a mesa. Via suas costas nuas e lisas, perfeitamente alinhada. Seus cabelos negros escorriam até os ombros e talvez caissem mais na parte da frente. Provavelmente uma prostituta. Mas tanto faz para o viajante sombrio. Ele estava vivo.

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