29 agosto 2008

08 agosto 2008

Outro prisma.

está florindo.
em outro prisma,
que estranho,

porque tantos assim?
outro está florido.
outro floriu,
e mais está florindo...

carência, carência,
acorda pra consciência,
rapaz.

olha seu coração.
cheio de solidão e confusão.

06 agosto 2008

Prisma.

na luz branca e nula.
compartilha um arco-íris,
olha, olha, todas as cores vindo,
está florindo.

meus pêsames meu querido.
vamos nos controlar, volte até mais, até logo.
cores voltam ao normal.

tire o prisma e vê.
tem que saber mexer.

02 agosto 2008

Viajante sombrio.

Nas mais fétidas estalagens, num teto apodrecido pelo tempo e entupido de teias de aranha, sustentado em pilastras de madeira velhas. Ali estava uma mulher de cabelos negros, semi nua, lavando algumas roupas em uma bacia cheia d'água. Eu estava coberto.
Levantei e percebi mais o quarto obscuro. Eu estava nu e coberto e minhas roupas eram as quais a mulher estava lavando. Ela nem percebia, estava coberta pela parte apenas de baixo com uma saia e sua camisa estava sobre a mesa. Via suas costas nuas e lisas, perfeitamente alinhada. Seus cabelos negros escorriam até os ombros e talvez caissem mais na parte da frente. Provavelmente uma prostituta. Mas tanto faz para o viajante sombrio. Ele estava vivo.

01 agosto 2008

Viajante sombrio.

Era uma vez um viajante sombrio. Sombrio e puritano. E na longevidade nas estradas da idade média onde o antigo mundo ainda reinava sobre todos, ele viveu uma pequena lenda. Mesmo sendo sombrio e puritano. Na maioria das vezes, seu coração reforçado de correntes atreladas a mão, grossas e calejadas pela experiência neste mundo, tinha uma pedra na área cardíaca.
Seus sonhos... bem, seus sonhos eram nenhum nada demais, nem super desejado assim. "Na vida não se deve ter expectativas" dizia. "Pois sempre o que acontece é o que não espera, assim, ao desejar o pior e na hora acontecer o que voce gostaria que acontecesse de melhor, finja estar surpreso".
O viajante sombrio, com suas velhas botas doadas por um soldado da alta escala religiosa, as cruzadas, sua espada herdada da família, com o sobretudo e o cajado, caminhava sempre na direção certa. A que não tem fim. Viajava, viajava, vivia de barganhas e carnificinas até que um dia, em das suas caóticas visitas a uma taverna, ele recebe três facadas por um velho fajuto.
Cai no chão onde se espalha sangue a espera de sua morte.