03 janeiro 2009

Namoral. Olhe, você, namoral. Não me deixe louco. Não tente me enlouquecer com suas goteiras batendo em minha cabeça, como um castigo do exército chinês. Porque na China, a sua tortura era uma das mais temidas. Amarravam o prisioneiro na cadeira e deixavam cair a cada intervalo de tempo uma gota em sua cabeça. Alguns ficavam loucos com o barulho repetitivo da goteira, outros, tinham o crânio vermelho e com o tempo, começava a furar, pelo impacto da gota batendo a todo tempo no coro cabeludo, fazendo com que começasse a tirar aquela lasquinha. Estão colocando isso em mim.
Na verdade, você está colocando isso em mim. Olha aqui, namoral, rapaz... Não faça isso. Estou tentando veêmente mostrar força. E quando eu desabar, o que acontecerá? Quando aquela gota que a cada intervalo de tempo pinga, furar - totalmente - a minha... o meu coração?

Interessante em achar que talvez todo esse trabalho dê certo. Em acreditar, e acreditei, e pensei, e tentei, e lutei, batalhei. Ridículo em pensar de que a crença no "bom" dê certo. Triste em imaginar que os sonhos sempre se realizam. Injusto em apenas querer pouco e por isso não ter nada, e quando você quer muito, você recebe pouco.

Não sei, não sei o que dizer, não sei o que escrever, não sei o que fazer. Estou aqui, amarrado nessa cadeira desesperado com as gotas que a cada intervalo de tempo batem em minha cabeça.

Até quando irei aguentar?

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