04 maio 2008

Tic Tac

Tic tac.
Comédia. Irritação, inquietação,
Tic tac.

Não consigo dormir com esse cérebro fervoroso.
Ah, que sentido eu sinto, no sentir a saudade.
Que sentido eu tenho ao sentir frieza que percorre meu corpo.

Que caminho eu devia seguir, asfaltado, esburacado.
Qualquer pedra em qualquer caminho, faz o carro ser desviado.

Desvia ao cair no derrareiro, ao bater na árvore,
Simplesmente ao entrar na contra-mão, entrar de frente com outro.
Bater de frente com outro, problema é.
Se machucá-la, pior ainda. A culpa será minha.

Ao bater, se bater, serei obrigado a chamar a emergência.
Se a pessoa não tiver capacidade, ou até causar morte.
A culpa será minha.

Tic, tac.
Só em meu carro tem isso.
O carro que percorre o caminho.
Rebaixo ele, envenenado e saio tirando onda como o melhor,
O melhor de todos os carros.
Mas é um Uno envenenado.

Um Stilo normal vale mais.
Tic, tac.
Não vem do relógio.
Não tenho horas.
Ele geme, isso traz insegurança e...velhice.

Geme, balança,
Tic, tac,
O barulho do motor desgastado.
Que comédia,
Acreditar que vale muito esse carro,
Que irritação,
Ter que ouvir esse barulho,
Tic tac,
Toda hora.
Que inquietação,
Andando na estrada de asfalto ou esburacada,
Tanto faz,
Ao depender da pedra eu bato do mesmo jeito.

Um comentário:

Júlia disse...
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