25 dezembro 2007
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numa estrada de moribundos,
que poucos tem a dizer,
pois estão num vazio,
o vazio por dentro,
me deixa infeliz,
meu coração está ao relento,
minha vida sem inspirações,
pois as tardes se tornaram,
tardes sem vento.
e na estrada também sem vento
ofega por emoções
sequer tem oxigênio
pra viver por inspirações.
15 dezembro 2007
Profundas
influências por dentro e fora do plano espiritual,
entram na sua consciência procurando alimentar-se
dos mais gostos sentimentos o amor e a amizade,
o grito do amigo do peito ecooam na escuridão,
procurando a luz que seria um dia sua salvação,
se apaga por completo,
tudo se fecha,
a máquina desliga,
não se encherga nenhuma ferida,
nenhuma lágrima,
nada aberto,
faces fervorosas aparecem para castigar o amigo,
ele grita mas não é atendido,
seu desespero é culpa do seu próprio pedido,
de ser algo bom e destemido.
não tem para onde correr,
sim esse amigo vai morrer,
e você nunca mais irá ter,
o seu amigo, o coração.
13 dezembro 2007
Palavras
As palavras ecoam. Elas batem em seu cérebro batendo-se junto com seus argumentos efusivos para justificar algo. Qualquer que seja a pessoa, dita as palavras certas afligem, atingem, magoam, machucam, ou quaisquer das palavras propriamente já ditas igualadas ao sofrer. Elas são fortes, mais fortes do qualquer outra arma. A palavra.
A vida propaga-se sem que você perceba e quando a vê de outra maneira já tem 20, 30 anos. Já trabalha, ou faz faculdade, já tem responsabilidades. As palavras, elas não se transmutam. Sua ideologia sempre será igual para sempre: comunicação. Elas trazem o prazer da expressão. Nas palavras você pode incluir qualquer tipo de expressão: espiritual, corporal, mental. Qualquer descrição com o único atributo da escrita pode ser feita. A qualidade dela é medida pela qualidade do autor de escrever, sendo atribuída também a quem ele está focalizando para que leia. Palavras soltas podem significar muito para certas pessoas e para você não fazem o menor sentido. Mas um escritor nunca escreve para si.
As vezes escreve para a vida, mas se escreve é para que alguém, alguma vez na vida, leia. Talvez ele próprio, mas quando ler, não será mais ele e sim alguém mais amadurecido e desenvolvido. As palavras farão sentido a ele mas será refletida ao conjunto de fatores da época. É como estudar literatura. É fazer um diário e ver o que você escrevia quando tinha 11 anos e quando tinha 19. O conjunto dos fatores, se você era apaixonado ou depressivo, a moda e o que era popular da época.
Podem atingir de maneira igualável qualquer imaginação. É a única forma do irreal existir, que é no texto. Você não pode criar o irreal na sua vida, apesar de que hoje em dia existe a televisão para alimentar sua imaginação. Mas para você mesmo, como você faria um filme sobre seus sonhos, seu mundo irreal? Apenas escrevendo, além de imaginar. A palavra de escrever de falar. É a palavra que faz isto tudo.
Por isso, aprenda a escrever.