Me acomodo na terra macia da floresta.
O mundo parece em silêncio por meu coração estar em silêncio. Sento em direção ao Leste, a espera de que o sol nasça e me venha de meu rosto um largo sorriso. Calmamente deixo minhas coisas em cima de uma pedra, encosto minha espada numa árvore e ponho-me a observá-la. Cabo preto, arranjos dourados e chamativos e a lâmina limpa e prateada com imagens dos Santos e dos Cavaleiros Templários.
Aceito a escuridão como uma fase deste dia, poderia ter chegado ao meu objetivo logo, logo se ainda estivesse cedo. Acredito que foi uma etapa para chegar ao final. Mas que Etapa.
Quase me desesperei quando anoiteceu. Pensei em seguir o caminho de andarilho pela noite mesmo a procura de qualquer claridade que houvesse sem pensar num resultado para isso. Mas como dizem, o diabo está nos detalhes. Fiquei imaginando alternativas rápidas. Talvez seja necessário avançar na floresta escura, mas não dessa maneira. O chá estava pronto.
Me coloquei diante do Leste novamente com o chá aos meus pés. Aprontei meu cobertor, já na espectativa se eu tiver que dormir ali. Não sairei sem uma decisão concreta. Se perder nesta etapa do processo, seria um erro de principiante. E eu não sou principiante.
Abri meu livro. Lerei algo que possa fazer passar o meu tempo.
Um comentário:
Sábio andarilho esperar e meditar é sempre o melhor dos caminhos . Nada como uma boa noite de sono para esclarecer-nos a mente.
O texto mostra maduridade na sua forma de escrever , é um processo de evolução não só da grafia mas do proprio poeta.
Parabens
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