Voltei ao meio vício.
E os olhos caem tristes,
o ambiente permanece inerte,
nem um palpitar interno.
Porém, das flores próximas,
haja talvez uma beleza que se aflora,
me perco neste jardim colorido
de amigos muito bem amigos.
salvo na hora certa,
mais só no que nunca,
mais presente que o normal
uma dor levemente sobressai
e aos poucos sinto que irá surgir.
contornando as encomendas,
procurando outras surpresas
de fato fujo.
percebi que corro através de um caminho,
apenas mecânico.
não procuro enxergar o logo a frente.
pretendo encontrar ao redor algo a mais,
bom jardim, mas nenhuma rosa.
me falta uma rosa.
aquela que espete a alma,
deixa o sangue escorrer,
sinta raiva e depois que a venha podar.
e por trás de espinhos, uma maravilha.
a beleza dela e o aproveitamento até sua morte.
infelizmente, assim.
e logo depois encarnarei a situação na qual estou agora,
a procura de outra rosa.
rosas que nunca mais encontrei.
talvez rosas nas quais amei,
não fossem as rosas nas quais deveria.
dito isso, percebo.
procura-se uma rosa.