18 janeiro 2010

olhe bem nos meus olhos e me diga o que tem a dizer.
as mais profundas confissões ocorrem nos ambientes mais silenciosos.
o terreno sóbrio é muito vago quando se quer ser sentimentalista.
se perder um pouco de controle ajuda a ser um pouco de você mesmo.
você é seus instintos. você é seu sentir:
sua raiva, sua dor, seu amor.
olhar para dentro de si é enganar a si e aos outros...
você não enxerga nada. não é você, nem ninguém que vai te definir.
você é indefinível. você é o mais sábio e o mais burro.

segure minhas mãos bem fortes e diga o tem a dizer.
as melhores sensações de seguranças, são toques fortes, sem dor.
um abraço, um aperto das mãos, no ombro, um aperto da cabeça no peito.
nessas horas nenhuma confissão é feita.
o silêncio é o sinal da fortaleza.

olhe bem nos meus olhos, segure minhas mãos e diga o que você quer dizer. eu sou o o vazio onde suas confissões são afundadas, a segunrança onde o silêncio permanece para sinalizar o muro impenetrável. é só pedir que eu vou...

01 janeiro 2010

exista então, respondendo na ultima ocasião

julgando a realidade da forma que deseja,
imaginando e conjecturando da forma que lhe satisfaz,
perdendo... perdendo, perde.

de repente, senta, pernas bambeiam,
bem vindo ao mundo, eu diria,
é bom ouvir.

nos prega no chão, um chão verniz,
liso, facil de cair, um chão
que ninguém quer seguir.

as vezes é preciso gritar por amor
ou elogiar os olhos de quem se ama,
eu poderia pensar dessa forma.

mas as coisas não dão certo,
nem com boas pessoas ou más pessoas,
é questão de karma ou sorte.

o encontro de duas almas é como o brilho
de estrelas que estão prestes a explodir.
a lançar-se ao espaço

todo mundo lança-se ao mundo,
real, conjecturado, para encontrar o amor
que desejam achar no espaço

e o chão que não pisam mais, é pisado,
todo mundo corre por ele, escorregando,
caindo mas apressados...

apressados e tentam encontrar o que querem,
se consideram invencíveis, não se desanimam,
contanto que procurem seu amor

o amor dá voltas, faz voltas,
é uma reviravolta, é uma vida única
entre dois seres.

vamos cair... cair, o mundo,
ou sem mundo a ver, real ou não,
viver, é existir.

só existir.